A Associação de Beneficiados de Água da Zona Rural de Tonacatepeque, San Salvador (ABAZORTO) trabalha diretamente com o Movimento de Vítimas, Atingidos e Atingidas pelas Mudanças Climáticas e Mega-projetos (MOVIAC) nos marcos da próxima Conferência Internacional “Mudanças Climáticas, Territórios e Movimentos Sociais” que será realizada dias 5 e 6 de novembro na capital salvadorenha.

Orlando Aguiluz representante de ABAZORTO afirmou que se sentem privilegiados de fazer parte desse processo, já que qualquer organização social e comunitária de trabalho permanente com a população consideraria fundamental o que está por acontecer em El Salvador.

Suas expectativas para com o evento são grandes, sobretudo porque será uma oportunidade para divulgar a situação real que vive o país pelo grave deterioramento ambiental, social e de violência; assim como conhecer novas experiências de outros continentes.

Para Orlando a conferência deve deixar duas grandes mensagens, “o que levam e o que nos deixam”; como um bonito exemplo do processo participativo cidadão em nível mundial.

O que vem se preparando, afirma, é um processo de consolidação de movimentos sociais para fazer propostas em temas como a mineração em Cabañas, as inundações em Bajo Lempa, a problemática de água potável, a crise agrícola no país entre outros.

O MOVIAC está gerando esperança e transparência neste processo de transformação social.

“As pessoas que estão trabalhando na logística, estão fazendo-no com muita dedicação, interesse e amor” para que tudo saia perfeito, conclui Aguiluz em referência às jornadas prévias realizadas.

Por sua vez, ABAZORTO tem liderado um dos projetos de fornecimento de água potável mais bem-sucedidos na Zona Rural de Tonacatepeque, Departamento de San Salvador.

Nessa zona salvadorenha, têm sido obtidos grandes avanços, dentre elas a introdução de encanamentos em zonas de difícil acesso, fazendo com que o desenvolvimento chegue até as portas de suas comunidades nos últimos anos, indicou nosso entrevistado.

“O que vem ocorrendo é um processo de consolidação do movimento social através de várias entidades e referentes. Como exemplo falou da resistência contra a mineração na zona de Cabañas, os impactos por inundações em Bajo Lempa, associações de agricultores que trabalham por um novo sistema de programas de alimentação, entre outros protagonistas da resistência social e que farão parte medular da Conferência.

Após a atividade, onde participarão 400 delegados e delegadas da região mesoamericana, além de 100 participantes internacionais dos cinco continentes, uma vintena de campanhistas, comunicadores e lutadores sociais realizarão uma missão de solidariedade e visibilização de processos de resistência tanto em regiões salvadorenhas quanto da Guatemala.

Ouça a entrevista de Josefina Ramírez, da equipe de comunicação de CESTA-Amigos da Terra El Salvador (em espanhol)