26 de marzo de 2012 | Noticias | Agua | Foro Mundial Alternativo del Agua
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Solidariedade com os atingidos por catástrofes ambientais, especialmente com as “vítimas” da construção de barragens, do gás de xisto, da apropriação, mercantilização e escassez de água, e das contaminações generalizadas, foi o que expressou a Via Campesina em sua declaração do Fórum Mundial Alternativo da Água.
Se solidarizou também com os militantes da água “reprimidos” e as famílias dos “assassinados”, no documento que termina com o lema “Pela soberania alimentar: Parem com a apropriação da água”.
De 14 a 17 de março foi realizado em Marselha, França, o Fórum Mundial Alternativo da Água, cenário construído por movimentos e organizações sócias para evidenciar as tentativas do VI Fórum Mundial da Água de se apropriar da água; um evento realizado paralelamente e na mesma cidade pelo Conselho Mundial da Água e o Banco Mundial.
Dirigentes da Via Campesina da Turquia, Brasil, Bangladesh, Madagascar, Portugal, Itália, França e do México estiveram em Marselha para participar das atividades do fórum alternativo.
Em sua declaração, os camponeses exigiram que o direito à água seja respeitado, “dentro do princípio regulador da soberania alimentar”, considerando “que a privatização e a mercantilização da água e de todo bem comum (sementes, terra, conhecimentos locais e tradicionais, etc.) são um crime contra a terra e a humanidade”.
No dia 14 de março foi celebrado mais um Dia Mundial de Luta contra as Barragens. Essa luta está diretamente vinculada na de defesa da água como bem livre e público. Por isso a Via Campesina destacou também a questão em seu documento do dia 18 de março. “os grandes projetos de barragens aprisionam e se apropriam da água, não tendo em conta necessidades, práticas tradicionais nem a opinião das comunidades locais”, além das afecções sobre os ecossistemas.
Para a rede camponesa a mercantilização da água, do carvão e da biodiversidade, os transgênicos, as nanotecnologias e a geoengenharia são as “novas propostas” do neoliberalismo para responder às crises. Para eles “a economia verde é uma falsa solução diante das mudanças climáticas e da escassez da água”.
Na hora de lista as principais ameaças para a água, a Via Campesina fala do modelo de produção agroindustrial. Denuncia que este modelo, as monoculturas e a indústria agroquímica associada têm contaminado as águas e colocado a saúde das populações locais em risco. “Defendemos as práticas agroecológicas e a agricultura camponesa, que levam à prática a soberania alimentar e contribuem com a preservação e a utilização sustentável da água”.
Para a Via Campesina a água deve ser administrada de forma pública, democrática, em níveis locais e de forma sustentável. Nesse sentido, os camponeses reivindicaram os conhecimentos locais e tradicionais da administração da água, “que protegem e consideram o ecossistema em sua totalidade, existem desde sempre”. A rede reivindica finalmente que: “as políticas públicas e as leis sobre a água devem reconhecer e respeitar esses conhecimentos”.
Foto: http://www.redes.org.uy
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