26 de junio de 2009 | Entrevistas | Caducando la impunidad | Derechos humanos
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A anulação da lei que no Uruguai permitiu que os que torturaram e assassinaram durante a última ditadura militar – de 1973 a 1985- permanecessem impunes, reuniu durante os últimos dois anos diversas organizações, que representavam diversos setores da sociedade.
Trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, grupos de ex-presos políticos, e artistas, foram algumas das dezenas de pessoas que podiam ser vistas nas esquinas da capital uruguaia, Montevidéu, pedindo aos cidadãos que passavam que botassem a sua assinatura para anular a lei de caducidade da pretensão punitiva do Estado, para começar a mudar do presente uma parte da história.
Mariana Licandro é uma dessas pessoas que participou ativamente do processo de anulação da lei, que terminará quando for realizado o referendo onde toda a cidadania deverá se pronunciar sobre o tema, e que coincidirá com as eleições nacionais do dia 25 de outubro.
Licandro é militante estudiantil e participa da Comissão de Direitos Humanos da Federação de Estudantes Universitários do Uruguai, a FEUU.
Ela explicou que o processo foi por um lado difícil, porque a recoleção de assinaturas começou em 2006 e no último trecho da campanha chegaram milhares de adesões -o levou a duplicar os esforços para que nenhuma ficasse fora- embora indicou que, por outro lado, foi muito gratificante.
Foi muito trabalho, muita organização, e por sorte, da Federação de Estudantes Universitários do Uruguai, somaram-se muitos companheiros jovens, o que por um lado te gratifica, no sentido de que não somos poquitos os jovens aos que nos interessa derrubar a impunidade. E também o dia da entrega de assinaturas foi uma emoção que abrangeu todos nós, porque nós acabamos dia 24 de abril, no dia em que se entregaram as assinaturas, com uma festejo na esplanada da Universidade onde reunimos mais de 5.000 jovens, e estar ai cercados de 5.000 jovens, com diversos artistas que compareceram de forma solidária, no mesmo lugar onde atiraram em Susana Pintos e Hugo de los Santos, nesse momento foi muito emocionante. E era emocionante pensar em nós como jovens com cerca de 18 a 23 anos que se bem temos uma liberdade limitada, temos o direito a poder nos expressar publicamente e pensar que companheiros que estiveram na federação de estudantes, no movimento estudantil, nos 60, 70, nunca puderam fazê-lo.
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