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25 de Março de 2010 | Notícias | Justiça climática e energia
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Dois milhões de pessoas e um terço do território salvadorenho estão ameaçados por projetos de hidrelétricas com investimento transnacional.
Nos marcos do Dia Mundial de Luta contra as Barragens, comunidades de El Salvador atingidas com a barragem El Chaparral sobre o Río Torola e El Cimarrón sobre o Río Lempa, demonstraram sua preocupação sobre os avanços destes projetos.
Ricardo Navarro, da organização CESTA-Amigos da Terra El Salvador, lembrou que em nível mundial a indústria das barragens tem causado o deslocamento de 80 milhões de pessoas, muitas delas não gozam dos benefícios da energia elétrica “por problemas de rentabilidade”.
Mauricio Vanegas do Movimento Nacional Anti-barragens em El Salvador indicou que as perguntas sobre o destino das comunidades assentadas na região inundável do alto Lempa caso prospere o projeto de El Cimarrón continuam vigentes.
As comunidades salvadorenhas exigem ao Presidente Mauricio Funes que cumpra com a promessa assumida durante a campanha eleitoral que o levou ao poder de não prejudicar as comunidades mediante estes mega-projetos, lembrou Vanegas.
“Vemos com preocupação que este governo de Mauricio Funes e da FMLN (Frente Farabundo Martí de Liberação Nacional) não tem mudado seu método de trabalho nas políticas de desenvolvimento e como se integra a população nessas políticas, não há mudança comparado ao passado”, afirm Vanegas.
Por sua vez, María Agustina Cruz, da comunidade El Salitre, Nueva Concepción, Chalatenango disse em rodada de imprensa contou que apesar de as chuvas serem normais as reservas naturais de sua comunidade estão se secando prejudicando seriamente a disponibilidade de alimentos.
“Estes projetos deveriam beneficiar todos os que vivemos em El Salvador… O Presidente deveria modificar seu pensamento junto com outras marionetes que tem atrás”, sugeriu María Agustina.
Finalmente, os participantes da rodada de imprensa indicaram que não existem verdadeiros argumentos vinculados ao desenvolvimento humano dos salvadorenhos para seguir adiante com estes projetos que, em seu conjunto, atingiriam mais de 30 porcento do território salvadorenho.
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