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26 de Novembro de 2009 | Notícias | Direitos humanos
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Na Guatemala a discriminação que a população maia sofre, sobretudo a faixa mais jovem e as mulheres, está instalada em toda a sociedade, e é um dos rastros mais evidente do colonialismo. É o que afirma Rosa Chávez, do Conselho de Juventude Indígena da Guatemala, uma das referentes nacionais nesta temática.
Em entrevista com Rádio Mundo Real, Chávez considerou que uma das alternativas para mudar essa realidade tem a ver com as tentativas de boa parte da juventude maia de articular ações em defesa da mãe terra, e precisamente na luta comunitária contra os empreendimentos mineradores.
Para ela, a juventude maia é vista “como mão-de-obra barata” para as fazendas de café, o corte da cana e as maquilas.
As maquiladoras são enclaves econômicos, dedicados principalmente à indústria têxtil de produção em série e pertencem a capitais internacionais, que funcionam num sistema de zona franca.
Ali, os direitos trabalhistas dos jovens e as mulheres são permanentemente vulnerados: as grávidas são despedidas, a organização sindical é reprimida e os salários são muito baixo .
“Por outro lado, temos um aumento da criminalização das lutas, porque vêem que tem melhorado a organização de jovens e mulheres. Já assassinaram vários companheiros por sua luta em defesa do território”, denuncia Rosa.
A militarização das comunidades -experiência que a Guatemala vive como um deja vu permanente-, está sendo retomada pelo Estado com a desculpa de combater o narcotráfico e a violência juvenil.
“O Exército sai às ruas justo quando as comunidades começam a tomar consciência da importância de defender o território”, alerta a representante do Conselho de Juventude Indígena da Guatemala
Foto: http://www.webislam.com
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