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16 de Novembro de 2009 | Notícias | Soberania alimentar | Soberania Alimentar dos Povos Agora!
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Quem decide sobre as políticas de alimentação? Quem controla os recursos? Quem possui acesso aos alimentos? Estas são algumas das perguntas que as centenas de delegados de movimentos e organizações sociais estão discutindo há vários dias em Roma, no fórum Soberania Alimentar dos Povos Agora!
Rádio Mundo Real conversou sobre as debates que estão acontecendo em Roma com Sofía Mosalve, integrante da organização FIAN (FoodFirst Information and Action Network, em inglês), organização internacional de direitos humanos que promove e defende o direito à alimentação.
“O fórum se realiza num momento muito importante onde temos o escândalo de que a cifra de pessoas que sofre a fome no mundo está aumentando de novo, depois de uma década onde houve uma redução–se bem muito, muito lenta, mas mesmo assim uma redução- do número de pessoas que têm fome. Hoje, depois da crise alimentar, depois de 2007-2008, temos um mudança importante, neste momento já são mais de 1 bilhão de pessoas conforme os cálculos da FAO que estão em situação de fome e de desnutrição”, começou explicando Monsalve.
Monsalve disse que a idéia do fórum era discutir estratégias a partir de quatro eixos principais: governança mundial dos sistemas alimentares –ou seja, quem decide as políticas de alimentação e de agricultura-, quem controla os recursos para a produção de alimentos –um ponto que será discutido num contexto de concentração de recursos e de aquisição de terras em grande escala-, como são produzidos e consumidos os alimentos –onde se introduzirá a discussão sobre a mudança climática- e finalmente, haverá um debate sobre quem tem acesso a alimentos.
Sobre isto, Monsalve explicou que vai ser a primeira vez que o movimento de soberania alimentar discute de forma sistemática os vínculos que existem entre os movimentos urbanos e os movimentos rurais, associados a diversas temáticas.
Monsalve também falou sobre o papel dos movimentos e da sociedade civil na hora de promover uma agenda com base em políticas assentadas nos direitos de alimentação e os direitos humanos, e considerou que existia maior receptividade dos governos a ouvir as demandas populares no que diz respeito à soberania alimentar.
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