30 de octubre de 2009 | Entrevistas | Resistiendo a los agronegocios forestales | Bosques y biodiversidad
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Integrante da organização Biofilia de Brasil e colunista da agência informativa Chasque, Felipe Amaral destacou a importância das aproximações crescentes e num sentido estratégico entre organizações ambientalistas e movimentos sociais do campo.
Amaral esteve na marcha conjunta da Vía Campesina Argentina através do Movimento Nacional Camponês e Indígena (MNCI), Amigos da Terra Internacional (representado por delegações da Argentina, Brasil, Paraguai, Chile e Uruguai) e inúmeras organizações de base na jornada do Dia Mundial da Soberania Alimentar e em repúdio ao Congresso Florestal Mundial em Buenos Aires.
“O modus operandi destas empresas é o mesmo em todos os países e inclui a criminalização dos movimentos sociais. Nós temos que trabalhar em bloco, articulados, nossa luta não deve ter fronteiras nem prazo para concluir”, reflete Felipe Amaral em diálogo com Rádio Mundo Real.
O ativista do sul do Brasil indicou que a recente crise econômica do capital representou o mais acelerado processo de transferência de fundos públicos para mãos privadas, dando as corporações uma oportunidade de se reorganizar e elaborar novas propostas para obter maiores lucros que lhe permita ganhar o tempo perdido.
Veículos de resistência
De um passado não tão distante em que as grandes corporações se dividiam no mundo como um grande e único mercado em perfeito silêncio, até a atualidade com a proliferação de esforços de comunicação alternativa que revela o agir do capital, a tarefa de ampliar os espaços de difusão tem adquirido importância crescente.
“Como ampliar nossos meios e conseguir não falar somente para nós?”, pergunta Felipe Amaral e destaca o caso de Rádio Mundo Real nessa linha.
Candidatura e maquiagem
A importância internacional do Brasil e suas decisões políticas é determinante no contexto latino-americano. Consultamos Felipe Amaral sobre a possível influência do movimento social de seu país nas definições e políticas do governo a ser eleito em outubro de 2010.
“Este segundo governo Lula tem sido muito duro para o movimento social. Principalmente para os ambientalistas com muitas obras de infra-estructura: portos, estradas, hidrelétricas. E este segundo governo se distanciou dos movimentos sociais e de trabalhadores. Isso é importante porque lhe dá independência aos movimentos mas como a gente vai conseguir ter acesso de novo a um governo onde inverteu luta e sapatos? Como recuperar isso? Fomos nís os que nos distanciamos do governo ou acaso o governo tomou outra agenda? Creio que esta última resposta é a mais correta”, comentou Felipe.
Em matéria de opções o ativista acredita que: “hoje em dia não temos uma candidatura que responda aos movimentos, em matéria ambiental não temos um ambientalista orgânico que se postule”. E a candidatura da ex-ministra de ambiente Marina Silva que aparece como uma “terceira via”, que saiu do Partido dos Trabalhadores, segundo Amaral, “não é real porque Marina já tem acordos com determinado setor empresarial que representa a ‘maquiagem verde’”.
Foto: http://www.aktivism.info
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