2 de septiembre de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo
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A neutralidade da rede, que representa a garantia de igualdade no acesso aos dados, está sendo questionada. O que desde sua criação foi considerada a essência da Internet, e que siginificava a liberdade dos usuários para escolher entre os diferentes conteúdos, está sendo atacada pelas grandes empresas vinculadas ao fornecimento destes serviços.
Argumentando que as redes estão prestes a saturarem e que com o sistema atual não podem enfrentar os custos para que isto não aconteça, as grandes operadoras de internet e de telefonia móvel -como Comcast ou Verizon nos Estados Unidos e Telefónica ou Vodafone, na Europa- estão propondo acabar com a neutralidade na rede, criando um acesso de primeira e outro de segunda para os usuários.
Haveria empresas, como as dedicadas ao entretenimento, dispostas a pagar mais por um acesso diferenciado a seus sites, o que significaria mais conteúdos e mais velocidade. Isto, por parte dos usuários, poderia significar que teriam que pagar mais para ter acesso a estes conteúdos.
Aqueles que se opõem a isto afirmam que a Internet nasceu e conseguiu crescer com base na neutralidade, que permitiu que aqueles são hoje são gigantes, como Google, competir contra as empresas consagradas nesse momento.
No entanto, no mês passado o jornal estadunidense The New York Times publicou informação sobre uma reunião entre Verizon e Google, onde, conforme o jornal El País de Madrid, “a possibilidade de um acordo para privilegiar o acesso a alguns conteúdos e serviços deste último”.
Embora ambas empresas desmentiram esta informação, cresceu a preocupação sobre a ameaça que acordos como este poderiam representar para a neutralidade da Internet.
“Este é um momento crucial para lutar pela neutralidade da rede”, indica um comunicado da Amigos da Terra Estados Unidos. E acrescenta: “Um acordo entre Google e Verizon poderia assassinar a neutralidade da rede, ou seja, a idéia de que toda a informação que está na Internet merece ter uma tratamento igualitário, sem importar se provém de uma grande corporação, de um indivíduo ou de um pequeno grupo sem fins de lucro”.
No comunicado, a organização ambientalista chama a apoiar a neutralidade escrevendo ao Congresso e à Comissão Federal de Comunicações (FCC, por sua sigla em inglês), para que defendam este princípio através da regulação e da legislação.
O grupo lembra que se for dado um passo atrás em relação ao acesso igualitário a Internet, grandes empresas contaminantes como Exxon ou BP poderiam tornar mais difícil que grupos como Amigos da Terra mobilizem ativistas e eduquem a opinião pública através da rede.
Foto: http://www.foe.org/
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