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8 de Agosto de 2011 | Notícias | Bosques e biodiversidade | Indústrias extrativas
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Na Costa Rica, o governo orientado pela presidenta Laura Chinchilla anunciou no fim do mês passado mudanças em seu gabinete, dentre eles que o chanceler René Castro passará a se desempenhar como ministro de Ambiente, Energia e Telecomunicações (Minaet), apesar de que diversos atores sociais questionaram essa decisão.
Castro é lembrado pelas organizações ambientalistas por sua participação nessa pasta entre 1994 e 1998, durante a presidência de José María Figueres. Nesse período, ele promoveu concessões mineradoras, petroleiras e atacou “sistematicamente” o movimento ecologista, enquanto promovia os primeiros mecanismos de mercantilização do clima no país, conforme os grupos costa-riquenhos.
Num comunicado emitido por COECOCEIBA - Amigos da Terra Costa Rica indica-se que: “O senhor Castro é lembrado por sua triste trajetória na direção da Minaet: abriu espaço no país para duas das maiores indústrias contaminantes do mundo, a mineração e a atividade petroleira. Durante sua gestão, o país foi testemunha do aumento de concessões de prospecção e exploração mineradora”.
Conforme esta organização, hoje o país sofre as consequências daquela gestão de Castro, que caracterizou-se por favores, através de decretos, à indústria petroleira para que pudesse realizar sua atividade “sem contar com um estudo de impacto ambiental”.
“Lembramos também seu papel no tema do modelo energético do país, que deu passos para sua privatização. Não seria estranho que durante sua gestão, nossos rios se enchessem de hidrelétricas privadas, causando graves problemas sociais e ambientais”, afirma o documento de COECOCEIBA.
Isaac Rojas, membro de COECOCEIBA e coordenador internacional de Florestas e Biodiversidade da federação Amigos da Terra, disse à Rádio Mundo Real que devido às recentes pressões que recebeu a administração de Chinchila, o governo da Costa Rica propôs um decreto que estipula uma moratória à expansão petroleira por um período de três anos.
O ativista considera que esta reação do novo ministro “é enganosa”, e que na verdade trata-se de um “cortina de fumaça” diante do caso da transnacional Mallon Oil, que espera firmar um contrato de prospecção e exploração de gás e petróleo em uma área equivalente ao 20% do território costa-riquenha.
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