21 de julio de 2009 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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Desde que cometido o golpe de Estado no dia 28 de junho em Honduras, tanto o presidente expulso desse país, Manuel Zelaya, como os mandatários do Equador, Bolívia e Venezuela, têm advertido que o que acontece em território hondurenho trascende as suas fronteiras, já que poderia se tratar da primeiro atentado contra os governos que têm tomado caminhos mais progressistas na América Latina.
Na segunda-feira, a agência EFE divulgou declarações da vice-chanceler da ditadura hondurenha, Marta Alvarado, que afirmou que a crise política de Honduras era um reflexo da luta na região contra a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA).
"Em Honduras está em jogo algo muito importante no sentido de que de Honduras depende se continua a avalanche dos países da ALBA, e também de Honduras depende que os povos que estão submetidos por estas pressões dos países da ALBA acordem", disse Alvarado.
Enquanto isso, o presidente Zelaya anuncia seu regresso a Honduras, que está previsto que seja esta semana, e exige mais uma vez à comunidade internacional -e mais precisamente aos Estados Unidos- que enrigeça suas medidas de condena com o golpe.
Nesta terça-feira, o jornal hondurenho La Tribuna publicou um artigo onde se descreve que o embaixador estadunidense em Honduras, Hugo Llorens, havia informado aos setores golpistas sobre a proposta de mediação que apresentou ao presidente costa-riquenho Oscar Arias um dia antes de divulgá-la em San José.
“O embaixador Llorens, argumentou a favor dela. Disse que era o melhor para restabelecer o crédito internacional de Honduras, considerando que toda a opinião pública internacional, estava contra ele. Ratificou que, aqui havia ocurrido um golpe de Estado; e que se não se aceitava o fato, Honduras seria submetida economicamente; e inclusive castigados seus políticos com o que mais temem: a suspensão, parcial ou definitiva, do visto nos Estados Unidos. A maioria dos que estavam ali reagiram muito surpresos”, diz a matéria de La Tribuna, do colunista Juan Ramón Martínez.
De todas as formas, a proposta de mediação não prosperou, porque embora fora aceitada totalmente pela delegação de Zelaya, foi rejeitada pelos representantes do regime de facto, já que negam-se a que o presidente seja restituído.
Depois deste fato, o presidente Zelaya decidiu dar por terminado o diálogo com o governo golpista, e anunciou que se colocará à frente das mobilizações pacíficas em Honduras.
Apesar de a comunidade internacional insistir em que o diálogo deve continuar, as autoridades das organizações supranacionais já tem declarado que é muito difícil fazer chamados à calma quando o governo golpista se mantém intransigente em sua posição, e se nega a abandonar o poder.
"É quase impossível evitar a violência ou fazer chamados à calma, quando a ditadura pretende, a vista e paciência de toda a gente, ficar no poder", disse na segunda-feira o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, à chilena Radio Cooperativa.
Imagen: http://www.flickr.com/photos/yamilgonzales
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