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26 de Junho de 2009 | |

Mudanças

Paralelamente à cúpula da ONU sobre a crise global os movimentos exigem mudanças profundas

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Desativar a política de liberação comercial, eliminar o CIADI e acabar com os Tratados de Livre Comércio que vulneram as soberanias nacionais são algumas das demandas que os movimentos sociais propõem em Nova Iorque como alternativa real à crise global.

Nestes dias está sendo realizada em Nova Iorque a “Conferência das Nações Unidas sobre a Crise Econômica e Financeira e seus efeitos sobre o Desenvolvimento” com participação de delegações dos países-membro da organização.

No entanto, a agenda oficial desta cúpula parece repetir as mesmas fórmulas que estão na raíz do grande terremoto financeiro: total liberalização do comércio, hegemonização das políticas globais através de organismos de dubitável legitimidade, etc.

A indiferença dos países desenvolvidos sobre a Conferência e suas consequências tem sido consideradas como boicote pela imprensa internacional e pelo próprio Miguel D’Escoto, presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas.

“Particularmente aqueles do Norte, resistem-se a reformar o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, esperando que as coisas voltem a ficar como antes", indicou D’Escoto em rodada de imprensa na terça-feira em Nova Iorque.

A conferência no entanto, está longe de ser uniforme. É que paralelamente a ela também estão presentes na metrópole estadunidense centenas de redes de movimentos sociais que sob o lema “As vozes do povos sobre a crise” pedem aos chefes de Estado e presidentes de seus países que participem desta conferência, para substituir o G-20 como fórum global onde debater as reformas da arquitetura financeira internacional.

Também se espera que alguns dos mandatários utilizem o fórum internacional para exigir a substituição de organismos multilaterais como a própria Organização Mundial do Comércio ou o sinistro CIADI (Centro Internacional de Acerto de Diferenças Relativas a Investimentos), um tribunal dependente das agências do Banco Mundial que tem servido para que distintas corporações transnacionais pressionem a Estados nacionais onde operam para obter maiores benefícios e lucros.

Por exemplo, o presidente boliviano Evo Morales tem anunciado que abrangerá a pobreza, a exclusão social e a problemática dos povos indígenas no continente durante sua intervenção na quinta-feira 25 na Assembléia Geral. Morales e Rafael Correa, presidente do Equador, participarão num evento que exigirá a anulação do CIADI, nesta quinta-feira, disse à Rádio Mundo Real Nick Buxton, integrante do Trasnational Institute (TNI, Amsterdam) de Nova Iorque.
Ao parecer Correa, Morales e o venezuelano Hugo Chávez serão os únicos representantes que estarão presentes na sede da organização.

Os movimentos manifestam seu repúdio à posição de fechar a “Rodada de Doha” de negociações da OMC sobre o comércio mundial como solução à crise. “Muito pelo contrário, continuar com a liberalização do setor financeiro das economias nacionais através dos TLC sóo servirá para agravar a crise”, afirmam.

Buxton manifiesta que a cúpula não conta com a cobertura mediática que mereceria, aparecendo como uma cúpula secreta quando na verdade trata-se de uma instância da que participam todos os países do mundo.

Outro aspecto da exigência das organizações sociais tem a ver com o resgate da própria ONU como cenário de definição, já que, indica Buxton, se bem conta com notórias falências, continua sendo o fórum mais representativo para o debate de problemáticas globais.

As demandas da aliança de redes sociais “Nosso Mundo não está a venda” incluem o cancelamento de toda a Dívida Externa ilegítima dos países do Sul, bem como reconhecer e reparar a Dívida Ecológica dos países do Norte com os países do Sul.

Imagen: http://servindi.org

(CC) 2009 Radio Monde Réel

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