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14 de Fevereiro de 2012 | Notícias | Direitos humanos | Justiça climática e energia
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O projeto hidrelétrico El Quimbo no rio Magdalena segue adiante apesar de não contar com as autorizações necessárias ao que somou-se nesta terça-feira uma repressão grave contra os mobilizados que vinham resistindo sua implementação.
O repúdio à construção da hidrelétrica El Quimbo da transnacional ENEL-ENDESA havia sido ampliada não somente às comunidades que serão atingidas e desalojadas das zonas inundáveis; transformou-se virtualmente em uma demanda de um amplo espectro político e social do departamento del Huila, onde foram realizadas greves nas últimas semanas.
Na zona que hoje pela manhã foi desalojada pelas forças de segurança na ponte Colegio sobre o Magdalena, o integrante da CENSAT-Agua Viva Colombia e correspondente da Rádio Mundo Real Danilo Urrea falou sobre a situação de risco e vulnerabilidade extrema. Indicou que no desalojamento violento da ESMAD um manifestante, Carlos Trujillo, foi ferido gravemente em sua vista, e tanto camponeses como pescadores artesanais foram violentamente retirados da zona onde realizavam um bloqueio.
Por sua vez a integrante de ASOQUIMBO Yennifer Chavarro disse à Rádio Mundo Real que o único objetivo da repressão foi liberar a terra e o rio para que a empresa continue com suas obras. Yennifer Chavarro disse que a organização pediu um recurso de tutela por causa da violação ao devido processo por parte das autoridades e da própria empresa.
“No dia de hoje as forças da ESMAD atuaram contra a população sem nenhum tipo de fundamento jurídico, somente por ordem da autoridade municipal” apesar de o conflito por El Quimbo ter atingido um caráter nacional e de todo o departamento de Huila, indica Chavarro.
Seriam propostas ações legais de tutela para os moradores da zona já que com o avanço das obras elas “ficarão em um estado de total pobreza diante da qual não terão como responder para ter condições de vida minimamente dignas”, disse Chavarro em entrevista com RMR.
No dia 18 de janeiro, e após a presença dos representantes das organizações sociais em Bogotá, aqueles que resistiam à construção da barragem por um consórcio propriedade das multinacionais ENEL-ENDESA e às concessões petroleiras na zona resolveram dar mobilidade na zona ao se manifestarem satisfeitos com os acordos atingidos. No entanto, permaneceram acampados na zona como forma de proteger o compromisso que fora, nesta jornada, violentamente quebrado.
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