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16 de Novembro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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Seu nome era Gabriel Vicente e levou cinco tiros. Foi no dia 16 de outubro na região de Palmeirante, no estado de Tocantins, e acusados do crime são um fazendeiro e dois pistoleiros, que ainda continuam em liberdade.
Conforme informação publicada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a organização não governamental Repórter Brasil, cerca de trinta famílias desta zona do Brasil exigem desde 2007 uma fração de terra que atualmente é ocupada por Paulo de Freitas, acusado do assassinato do dirigente sem terra.
As organizações envolvidas afirmam que o assassinato do trabalhador rural poderia ter sido evitado. Afirmam que em várias oportunidades foram apresentadas denúncias sobre a posse de armas do fazendeiro e de seus empregados, mas a polícia nunca chegou a agir.
Além disso, em 2007 a CPT alertou as autoridades sobre uma série de desalojamentos violentos na zona do conflito, mas tampouco obteve nenhuma resposta favorável para as famílias sem terra.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) negou qualquer responsabilidade, argumentando que não tinha conhecimento do perigo pelo que atravessavam as famílias que disputam estes terrenos.
54% dos conflitos por terra, conforme o último relatório da CPT, acontecem na zona nordeste do país, embora nos últimos anos tem se registrado um aumento sustentado de casos de violência na zona sul do Brasil.
Em todo caso, os níveis de violência em todo o campo brasileiro acabam sendo escandalosos, e isto ocorre junto a um crescente aumento da criminalização das organizações que lutam pela terra.
“A imprensa conservadora faz campanha permanente para desqualificar os movimentos sociais, além de criminalizá-los”, reconheceu o ministro da secretaria geral da Presidência, Luiz Dulci, em entrevista divulgada pelo portal do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
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