Na quarta-feira passada, 20 de julho de 2011 perto das 18:30 no centro da cidade de Guayaquil, dois matadores de aluguel encapuzados atiraram no jovem dirigente da organização Terra e Vida, Marlon Lozano Yulán.

Esta organização tem concentrado seu trabalho na defesa dos direitos de posse dos camponeses da província de Guayas em terras antigamente de propriedade de latifundistas e banqueiros e que foram confiscadas nos marcos da crise bancária do ano 2000 no Equador.

A secretária dessa organização, Raquel Silva, disse à Rádio Mundo Real que o ataque, que terminou matando o militante estava destinado ao assessor legal da organização, o advogado Milton Yulán.

Diante disso, a Plataforma Interamericana de Direitos Humanos (PIDDHH), FIAN Equador e Terra e Vida estão fazendo gestões para que rapidamente sejam esclarecidos os fatos, julgados os responsáveis e ao mesmo tempo seja garantida a segurança de Yulán, sua família e outros dirigentes e integrantes de Terra e Vida.

Raquel indicou que os próprios camponeses membros da organização nesta quinta-feira estavam acompanhando o jurista e responsabilizou do fato àqueles que se opõem à distribuição de terras e defendem a concentração de propriedades em poucas empresas e grupos econômicos.

Yulán, que é familiar do jovem assassinado, tem se especializado na defesa das associações de camponeses e recentemente tem elaborado informes que denunciam a aquiescência das autoridades sobre os grupos de especuladores que pressionam para recuperar as valiosas extensões nas imediações da principal cidade equatoriana.

Na entrevista Raquel Silva afirma que faz parte de uma “organização que luta pela terra que é de posse dos camponeses que têm que lutar contra os antigos proprietários até a falência bancária. Nosso assessor está concentrado nisso e são esses mesmos interesses os que se busca proteger com este tipo de ações”.