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19 de Agosto de 2010 | Notícias | Anti-neoliberalismo
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A canadense Pacific Rim tem uma longa lista de irregularidades, incluindo o assassinato de opositores, vinculado a sua mina no departamento de Cabañas, El Salvador. Mas mesmo assim, não teve problemas em entrar com uma ação por descumprimento contra o Estado salvadorenho no Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI), dependente do Banco Mundial.
Agora as organizações sociais desse país centro-americano alertam que o tribunal internacional certamente tomará uma posição favorável à empresa norte-americana e por isso exigem que o governo de Mauricio Funes, do esquerdista Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN), a rápida aprovação de uma lei que proiba a mineração metálica em todo o território nacional.
“O governo deveria ser sério e pensar nos interesses da sociedade e o ambiente, porque por isso votamos neles. Mas que concordem entre si para cumprir com o que prometeram”, pede Ricardo Navarro, presidente de CESTA - Amigos da Terra, uma das organizações que convocou a rodada de prensa para pedir que se regule a atividade contaminante.
Navarro não confia em que haja uma sentença favorável do organismo do Banco Mundial ao que recorreu a Pacific Rim. “O CIADI só procura que não se obstaculize o lucro, e o Banco Mundial sempre tem financiado mineração, carvão, petróleo porque ve dinheiro”, prosseguiu o dirigente.
Por sua vez, Francisco Pineda do Comitê Ambiental de Cabañas reafirmou a necessidade de que seja aprovada o quanto antes uma lei que proiba a mineração metálica, e considera que estes conflitos ambientais têm a ver com os compromissos que assumem os países quando firmam os Tratados de Livre Comércio.
Rina Navarrete da Associação Amigos de San Isidro Cabañas concordou em que o CIADI não emitirá uma sentença que seja conveniente para os salvadorenhos. “Os grandes tribunais sempre beneficiam as grandes empresas, e temos outros exemplos na região”, concluiu.
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