“Honduras está lamentavelmente envolta por uma espiral de violência muito preocupante, razão pela qual o sindicalismo internacional continua atento às violações dos Direitos Humanos.

Atualmente, ser dirigente sindical e de Frente de Resistência em Honduras é um perfil de alto risco.

Durante as últimas semanas se ameaçou de morte e atentou-se contra a vida de vários dirigentes de organizações sindicais e populares”, indica o comunicado da articulação sindical.

A CSI indica que alguns exemplos destes eventos de violências são os assassinatos como o de Oscar Molina, cunhado do vice-presidente do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de bebidas e similares e o de Porfírio Ponde, que em 10 de junho recebeu 42 tiros em plena luz do dia.

A organização sindical também menciona um atentado ocorrido pouco antes do assassinato de Molina, contra a secretária de Finanças do Colégio de Professores de Educação Média de Honduras, Carolina Pineda; a qual logrou escapar refugiando-se em uma casa particular onde a protegeram do ataque de homens encapuzados munidos de armas de fogo.

“Carolina Pineda é dirigente de uma das organizações magisteriais mais comprometida com a luta contra o golpe de Estado em Honduras e havia denunciado constantes ameaças recebidas por meio de chamadas telefônicas e mensagens por celular” informa o comunicado da CSI.

Finalmente se menciona o ataque a José Luís Baquedano, Secretário Geral Adjunto da Confederação Unitária de Trabalhadores de Honduras, quando se deslocava em sua caminhonete com sua filha e três netos no último dia 12 de junho.

Sua caminhonete foi interceptada por um veículo cinza com vidros escuros, no qual se encontravam homens que dispararam contra o sindicalista.

“Felizmente ninguém ficou ferido.

O dirigente sindical e membro da direção da Frente Nacional de Resistência pôde escapar.

Pouco depois seu veículo foi detido por uma patrulha policial que, ao invés de prestar-lhe ajuda, acusou-lhe de ter efetuado os disparos, permitindo assim a fuga dos bandidos”, ainda segundo o comunicado.

Assim sendo, o Secretário Geral da CSI, Guy Rider, enviou duas mensagens ao questionado governante hondurenho Porfírio Lobo – que chegou à presidência em eleições consideradas ilegítimas pelo movimento popular – demandando atuação em prol das garantias democráticas em Honduras.

“É fundamental estabelecer um Estado de Direito no qual se respeitem as liberdades fundamentais da classe trabalhadora e do povo hondurenho”, assinalou o Secretário Geral da CSI.