A resposta foi uma negativa determinante à Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA) que financiam fundações como Rockefeller e a de Bill e Melinda Gates, liderada pelo ex-Secretário Geral das Nações Unidas Kofi Annan.

Os produtores familiares africanos rejeitaram os pacotes tecnológicos agrários -como os fertilizantes e pesticidas químicos, e também as sementes híbridas- e indicaram que queriam utilizar sementes locais, evitando gastar dinheiro em produtos químicos.

Na pesquisa foram apresentados os resultados de julgamentos cidadãos realizados neste ano, nos que camponeses, pastores e consumidores africanos processaram evidência de informantes qualificados e realizaram recomendações sobre o futuro da pesquisa agrária.

“Tanto a política sobre alimentos e agricultura como a pesquisa sobre estes temas tendem a ignorar os valores, necessidades, saberes e preocupações das pessoas que fornecem a comida que todos consumimos, e frequentemente servem em troca a poderosos interesses comerciais”, disse um dos autores do relatório que reflete a pesquisa, o Dr. Michel Pimbert, do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (IIED, sigla em inglês), com sede em Londres.

“A pesquisa e política agrícola devem mudar para se enfocar no que as comunidades camponesas e os consumidores de alimentos querem e precisam. Os camponeses e outros cidadãos devem ter um papel central na definição das prioridades estratégicas para a pesquisa agrícola e as políticas alimentares”, acrescentou, conforme comunicado do IIED.

A iniciativa foi bem recebida pelas Nações Unidas, já que o relator especial sobre o direito à alimentação, Olivier De Schutter, expressou publicamente que “aplaudia” esta pesquisava, que visava democratizar as pesquisas sobre a agricultura e a alimentação na África.

Foto: http://excludedvoices.org/