O incidente foi denunciado por ativistas do Comitê Cívico de Cañas após conhecer que os empregados atingidos pelo agroquímico foram atendidos na clínica da localidade, enquanto que dois foram deslocados em estado delicado ao Hospital Moseñor Sanabria de Puntarenas, conforme comunicou a Cruz Vermelha. Além disso soube-se que a intoxicação foi provocada por fortes ventos, os que arrastraram o agrotóxico -que havia sido aplicado sobre a monocultura horas antes- até onde estavam trabalhadores agrícolas. Os 65 trabalhadores sofreram desmaios, náuseas e malestares de forma imediata.

Este incidente não é uma novidade, devido a que em junho passado, sessenta trabalhadoras de outra fazenda de algodão geneticamente modificado -propriedade de Delta & Pine Land- também tiveram que ser atendidas por intoxicações de altas doses de herbicida no corpo.

D&PL Costa Rica Ltda. é subsidiária de Delta & Pine Land, a maior empresa de algodão transgênico dos Estados Unidos e precursora da tecnologia “Terminator”, denominada pelo movimento ambientalista e camponês devido a que cria sementes estéreis para aumentar a dependência dos produtores com as transnacionais. Essa empresa foi comprada pela gigante estadunidense do agronegócio Monsanto em 2006, por 1,5 bilhões de dólares.

Nem D&PL Costa Rica Ltda, nem o Serviço Fitossanitário do Estado ou o Ministério de Agricultura e Pecuária têm emitido informação sobre o acidente, apesar de que a notícia tornou-se pública na Costa Rica.