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30 de Junho de 2009 | | |

Ilegal

Comunidade internacional condena de forma unânime o golpe em Honduras, a população hondurenha continua resistindo

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A condena ao golpe militar cometido em Honduras foi unânime em toda a comunidade internacional. Desde domingo, dia em que estava previsto que fosse celebrada uma consulta popular, e que pelo contrário foi a jornada onde centenas de soldados do Exército sequestraram e deportaram o presidente desse país, Manuel Zelaya -o que deu início ao governo de facto que conduz o presidente do corpo legislativo, Roberto Micheletti- as mais importantes instâncias supranacionais coincidem em repudiar o golpe, e considerar ilegítimo o novo governo.

Tanto a Organização dos Estados Americanos (OEA), como o Sistema de Integração Centro-americana (SICA), a União das Nações Sul-americanas (Unasul), a Alternativa Bolivariana para a América Latina e Caribe (ALBA), o Grupo do Rio e a Assembléia Geral das Nações Unidas, exigiram que os golpistas acabassem com sua tentativa de estabelecer um governo à força, e reconheceram Zelaya como o único presidente de Honduras.

As decisões que tomaram os organismos internacionais incluiram tanto declarações como medidas de pressão ao regime, tais como a interrupção do comércio por via terrestre durante 48 horas adotada pelos países do SICA, ou a suspensão das relaçõesg diplomáticas com Honduras que tomaram os países da ALBA, até que não seja reestabelecido o governo democrático.

Hoje cedo, Zelaya foi para Nova Iorque, pedir a Assembléia das Nações Unidas que dê apoio para voltar a Honduras a recuperar seu cargo. O mandatário deposto já anunciou que pretende voltar a seu país nesta quinta-feira que vem, apesar das ameaças dos golpistas, que têm ameçado prendê-lo caso voltasse para Honduras.

Zelaya, que conta com o apoio de todos os líderes latino-americanos, será acompanhado a Honduras por uma delegação internacional, que contará com a presença do presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel D’Escoto, e do secretário geral da OEA, José Miguel Insulza.

Enquanto isso, as ruas da capital de Honduras, Tegucigalpa, continuam sendo cenário dos protestos pacíficas de milhares de hondurenhos, que exigem a volta do governo democrático.

Os últimos informes indicam que as forças militares tentaram acabar com violência com as improvisadas barricadas realizadas pelos cidadãos nas proximidades da Casa Presidencial, utilizando gases lacrimogêneos, e atirando na população civil.

“Os soldados nos reprimiram com armas e bombas de gás lagrimogêneo, deixando vários feridos do movimento popular. Este desalojamento tem dispersado os manifestantes. A repressão selvagem das Forças Armadas de Honduras sobre nós, os manifestantes [tem deixado] um saldo de 75 feridos, 3 mortos e 30 ordens de captura”, dizia um comunicado emitido ontem pelas organizações camponesas de Honduras.

“A situação para os dirigentes populares está bem difícil, já que este governo golpista é repressivo e inclemente com os que não aceitamos esse governo”, acrescentava o comunicado.

Na mesma carta explicava-se a repressão da atividade da mídia; o governo de facto bloqueou os sinais de rádio e televisão que eram críticos do golpe, e tem forçado aos prestadores de tv a cabo a tirar o sinal das cadeias de notícias internacionais.

O acesso a internet também é difícil, devido aos cortes intermitentes no fornecimento elétrico. Além da censura das mídias críticas, dois canais privados estão militarizados neste momento, e seus diretores estão prófugos por medo a serem detidos pelo regime.

(CC) 2009 Radio Monde Réel

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