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15 de Julho de 2011 | Entrevistas | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
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Hoje na Guatemala são registradas de 17 a 20 mortes violentas a cada día, enquanto durante a guerra civil que assolou o país de 1960 a 1996, a média diária era de 6 a 7 assassinatos.
“A Guatemala tem sido um caso muito especial na América Latina, em 1996 firma-se um acordo de Paz entre o governo, o Exército nacional e o movimento guerrilheiro, no entanto hoje há mais violência do que durante a guerra”, disse à Rádio Mundo Real, o dirigente Juan Tiney, da Coordenadora Nacional Indígena e Camponesa (CONIC), integrante da CLOC-Via Campesina.
Como exemplo desta onda de violência, Tiney contou que em frente ao Congresso e à casa presidencial têm se achado cadáveres, o que dá um “sinal de fortalecimento” do crime organizado, que está “enquistado no Estado”.
“Os responsáveis nunca são capturados ou é feita justiça. Os autores intelectuais da guerra estão no Estado, e continuam governando. O narcotráfico tem cercado o Estado, e isso percebe-se em nível municipal e departamental”, denunciou Tiney, que considera iminente uma volta da militarização neste país centro-americano.
O referente da CONIC afirma que o crime organizado já está financiando, a quase um mês do começo da proibição de propagandas eleitorais, campanhas milionárias em todo o país.
Foto: CONIC
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