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10 de Novembro de 2010 | |

Fortalecendo ações

Ambientalistas apoiam Via Campesina rumo à conferência da ONU de clima

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A federação Amigos da Terra Internacional enviou uma carta à Via Campesina onde afirma que apoia todas as atividades que está organizando para a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança Climática, que começa neste mês em Cancun, México.

Os ambientalistas destacam os camponeses a confluência política que os une e se comprometeram a apoiar e se unir às suas mobilizações rumo à conferência de clima e durante sua realização.

Dias atrás a Via Campesina, rede de organizações camponesas dos cinco continentes, havia exigido mediante um comunicado que as nações do mundo implementassem “as milhares” de “soluções reais” à mudança climática na conferência da ONU, que vai de 29 de novembro a 10 de dezembro. Os camponeses pedem a movimentos e organizações sociais em todo o mundo para que se manifestem por “soluções verdadeiras”.

Amigos da Terra, com presença em cerca de 80 países, destaca as convocatórias da Via Campesina tanto para atividades em Cancún como no resto do mundo, antes e durante a reunião da ONU.

No programa de atividades da Via Campesina destacam-se as caravanas internacionais que partem no dia 25 de novembro de várias partes do México rumo à conferência de Cancún. No dia 30 de novembro essas caravanas se unirão na capital do país, Ciudad de México, ao protesto “pela vida, a justiça ambiental e social”. Todas chegarão a Cancún no dia 3 de dezembro.

Já, do 4 ao 10 de dezembro a Via Campesina realizará um Fórum Alternativo Global, com diversas organizações, redes e movimentos sociais, e ações paralelas à cúpula da ONU. No dia 7 de dezembro será o dia de ações e mobilizações mais importante em Cancun e em diversas partes do mundo, sob os lemas “Milhares de soluções constrói o povo frente à mudança climática!, Milhares de Cancun pela justiça climática!”.

“A Via Campesina e Amigos da Terra consideramos que é necessário mudar o sistema de produção e consumo predatório, injusto e excludente, e transitar rumo a novos modos de vida baseados na justiça social e climática”, expressa a carta enviada por ambientalistas a camponeses.

“Também consideramos que o Acordo dos Povos, que surgiu da Conferência dos Povos de Cochabamba (abril de 2010), é uma ferramenta política para a mobilização e a educação para a justiça climática”, acrescenta.

Conforme a carta da federação ambientalista, as duas redes trabalham juntas e têm uma aliança estratégica há vários anos, ao tempo que promovem “soluções verdadeiras” que baseiam-se nos direitos e soberania dos povos e nos direitos da natureza.

Enquanto isso, o comunicado da Via Campesina expressava que “se a agricultura industrial é um dos grandes culpáveis da crise climática, a agricultura sustentável em pequena escala e os mercados locais podem contribuir no longo prazo a estabilizar as temperaturas do mundo”. Tanto a agricultura industrial como o desmatamento são consideradas as principais atividades emissoras de gases de efeito estufa, que provocam a mudança climática.

Os camponeses organizados exigiram também em seu texto que sejam implementadas as soluções do Acordo dos Povos, que tem o apoio de cerca de 35.000 pessoas de 140 países. Esse documento, que está nas mesas de negociações oficiais apresentado pela Bolívia, exige que os estados desenvolvidos se comprometam com metas obrigatórias de redução de emissões para o segundo Período do Protocolo de Kyoto, de 2013 a 2017. Indica que as reduções devem ser de pelo menos 50 porcento, em relação às emissões contaminantes de 1990.

O acordo dos Povos indica ainda que os países desenvolvidos devem reconhecer e honrar sua dívida climática em todas as suas dimensões. Por isso o documento exige que esses estados assumam os custos e as necessidades de transferência de tecnologia dos países em desenvolvimento, se encarreguem dos fundos de adaptação e mitigação da mudança climática no Sul global e se responsabilizem pelas centenas de milhões de pessoas que terão que migrar pela crise do clima.

Foto: Rádio Mundo Real

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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