24 de noviembre de 2009 | Noticias | Justicia climática y energía | COP 15
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Próximo às conversações sobre mudança climática que acontecerão em Copenhague nos marcos da COP 15, a Via Campesina publicou uma carta aberta onde afirma que as verdadeiras soluções a este fenômeno estão na agricultura sustentável e a produção local de alimentos.
Conforme a carta do movimento, a agricultura camponesa captura o carbono e utiliza menos máquinas que funcionam a base de combustíveis fósseis; além disso, acrescenta que se os consumidores compram seus alimentos no mercado local, se utiliza menos energia para transportá-los em todo o mundo.
“Devido ao enorme impacto da agricultura industrial na emissão de gases de efeito estufa, uma conversão massiva das monoculturas industriais à agricultura sustentável de pequena escala, junto ao desenvolvimento de mercados locais, permitirá uma redução massiva desses gases”, expressa a carta.
A Vía Campesina indica que estes elementos, combinados com um programa que vise reduzir o consumo, fariam que fosse irrelevante discutir sobre os mercados de carbono ou a bio-engenharia e acrescenta que estes pontos devem ser considerados em Copenhague.
Na carta também afirma-se que os camponeses estarão presentes em Copenhague para que suas propostas sejam consideradas, e se lembra que a Via Campesina sempre tem considerado à desobediência civil como uma de suas estratégias centrais para lutar pela soberania alimentar.
“Quando centenas de camponeses ocupam um território tomado por uma empresa transnacional, quando milhares deles reunem-se diante da OMC para pedir o fim da liberalização dos mercados agrícolas, estão defendendo seu direito a viver. Seu direito de alimentar ao mundo e se alimentar a si próprios. Seu direito a serem respeitados e poder sair da pobreza”, indica a carta, onde além disso rejeita-se a violência em todas suas expressões, seja como método de ação ou como via de implementação de políticas negociadas a portas fechadas.
Finalmente, a carta convoca a todos os movimentos sociais a se mobilizar em frente ao que acontecerá em Copenhague, para –através da exigência e a busca de justiça climática- fortalecer a estrutura democrática.
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