30 de mayo de 2011 | Noticias | Bosques y biodiversidad | Soberanía Alimentaria
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No Uruguai, Redes Amigos da Terra, a Rede de Sementes Crioulas, a Rede de Grupos de Mulheres Rurais e várias organizações preparam a realização da 4ª Feira Nacional da Semente Crioula e a Produção Familiar a ser realizada de 3 a 5 de junho.
O encontro, que contará com a presença de mil alunos de escolas rurais do departamento de Canelones, além de convidados da Argentina, Brasil, Paraguai, Itália e Equador terá um espaço de troca de sementes crioulas, de encontro de produtores e produtoras de todo o Uruguai e é uma forma de celebrar a diversidade genética, disse à Rádio Mundo Real Marcelo Fosatti, integrante da equipe de Coordenação da Rede.
A Universidade da República, a Rede Nacional de Agroecologia e a Comissão Nacional de Fomento Rural também apoiam a iniciativa, destacou Fosatti. Trata-se da quarta edição do principal evento de troca de experiências sobre a produção agroecológica no Uruguai, onde as monoculturas florestal e sojeira vêm ocupando crescente terreno, concentrando e estrangeirizando grandes áreas do território dos últimos dez anos, diante da passividade das autoridades.
“A ideia de organizar vários encontros em paralelo é para que os produtores se conheçam entre si e neste ano a aposta nas crianças tem a ver com uma aposta no futuro, para que as crianças se familiarizem com a semente e sua importância”, disse Fosatti.
Também falou da importância da mulher rural na conservação das sementes: “sabemos por experiência de muitos anos da nossa Rede, que aqueles que conservam melhor as sementes são as mulheres”, disse.
Elo fundamental
O Programa de Recuperação e Revalorização de Sementes Crioulas e Nativas e Soberania Alimentar começou em 2004 com a participação conjunta de produtores e produtoras, a Faculdade de Agronomia da UdelaR e Redes Amigos da Terra.
Seus objetivos principais visam contribuir na construção de soberania alimentar da população através da valorização de variedades nativas e crioulas, e a promoção de produção agroecológica, desde a ativa participação das famílias produtoras, gerando um espaço crítico respeito aos valores genéticos e a soberania alimentar.
Está integrado por cerca de 120 empreendimentos de todo o país que funciona como rede de produtores organizados em zonas com o objetivo de atender e definir aspectos organizativos e produtivos inerentes a eles e à rede em seu conjunto.
Fosatti indicou que após sete anos de incidência desta Rede, a situação de dependência da agricultura uruguaia em relação a sementes e insumos industrializados tem aumentado, pelo que os produtores e produtoras têm compreendido que “a sementes faz parte substancial de toda a produção e de toda a Soberania Alimentar”, portanto “não podemos confiar em empresas para algo tão delicado como a semente”.
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