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4 de Maio de 2010 | Notícias | Confêrencia dos Povos sobre Mudança Climática | Direitos humanos
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Os 27 países que integram a União Européia (UE) devem decidir se aceitam as bases apresentadas pelo Mercado Comum do Sul (Mercosul) para relançar as negociações para a firma de um Tratado de Livre Comércio (TLC). Esse é o principal resultado surgido de uma reunião que realizaram ambos blocos na capital belga, Bruxelas.
“O Mercosul já resolveu que apóia o relançamento das negociações com as bases apresentadas, agora resta conhecer a posição dos países da UE”, disse uma fonte do governo uruguaio não revelada e citada pelo jornal El País, no dia 28 de abril, o dia seguinte do encontro formal. Além do Uruguai, o Mercosul está integrado por Argentina, Brasil e Paraguai.
O ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse a jornalistas que “o Mercosul já fez concessões, estamos esperando uma reunião nos próximos dias para ver quais concessões fará a União Europea”.
Há vários meses vem se dizendo que a próxima Cúpula de Chefes de Estado e de Governo União Européia – América Latina e Caribe, que será realizada na capital espanhola, Madri, nos dias 17 e 18 de maio, seria um marco para definir o reinício das tratativas para a firma de um TLC.
Conforme fontes uruguaias, a reunião de Bruxelas serviu para avançar no capítulo de Agricultura, um dos que mais preocupa o bloco sul-americano, especialmente para ajustar alguns detalhes como a desgravação tarifária da maioria dos produtos agrícolas que exporta a região.
Também serão tratados temas referentes a bens industriais, serviços, compras governamentais e propriedade intelectual, entre outros. No entanto, Jorge destacou: “A negociação está parada há seis anos, não pode se retomar rapidamente, é uma negociação que não é fácil”.
No início de abril o Mercosul havia deixado claro que esperava que a UE demostrasse vontade política e melhorasse sua oferta para retomar as negociações em busca de um TLC. “A bola está do lado europeu”, disse nesse momento o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria argentina, Alfredo Chiaradia, também citado por El País
“O problema basicamente é a atitude da Europa, que diz que as brechas entre as partes são muito grandes -em aspectos de bens, serviços e investimentos- e que não está em condições de relançar as negociações se persistirem essas brechas”, disse Chiaradia.
O chanceler uruguaio, Luis Almagro, havia manifestado a EFE que “o Mercosul tem dado suficientes passos adiante na negociação com a UE e seria bom ter um movimento de nossa contra-parte que permita avançar”.
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