3 de mayo de 2012 | Entrevistas | Cumbre de los Pueblos en Rio+20 | Justicia climática y energía
Nesta sexta-feira 4 de maio, acaba a rodada de negociações do chamado “Borrador Zero”, o documento base analisado nos marcos do processo intergovernamental face à reunião de Rio+20, que se desenvolverá em junho no Brasil.
Nessas negociações participam organizações sociais como a Coordenadora Andina de Organizações Indígenas (CAOI), cujos delegados estão em Nova Iorque desde 23 de abril. Nesse marco de debate, o chamado Grupo dos 77 (G-77) e China incorporaram, graças à delegação boliviana, uma proposta que visa o reconhecimento “dos direitos da Mãe Terra”, e que já aparece no documento preliminar.
Miguel Palacín, referente da CAOI, disse em entrevista com o site La Voz de los Movimentos que isso seria um “triunfo do movimento indígena”, que há muitos anos está tentando contribuir desde a perspectiva do “Bem Viver”.
As organizações indígenas consideram que o reconhecimento dos direitos da Mãe Terra em uma instância como Rio+20 poderia ser um primeiro avanço face à elaboração de políticas públicas.
“Em um contexto de crise climática, onde o Ocidente insiste em considerar o planeta apenas como um depósito de recursos, sujeito a obrigações, carente de direitos e que deve ser superexplorado, a proposta de declarar os direitos da Mãe Terra parte dos povos indígenas”, explicou Miguel, conforme o site da CAOI.
Conforme essa matéria, o documento elaborado em Nova Iorque incluirá também outros temas como o direito humano à água, a harmonia com a natureza, a soberania alimentar e o reconhecimento do papel dos povos indígenas na conservação das sementes, entre outros.
Foto: CAOI
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