3 de octubre de 2012 | Entrevistas | I Asamblea Continental CLOC - Vía Campesina | Bosques y biodiversidad | Género | Soberanía Alimentaria
Três jornadas de reflexão e atualização das principais campanhas que leva adiante o movimento camponês reunido na Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC-Via Campesina) na América do Sul tiveram como resultado um reforço da estratégia onde além da resistência vai primar o impulso a superar a ofensiva do capital nos territórios e a aliança com movimentos urbanos.
Foi o que disse em entrevista com Rádio Mundo Real, o integrante da Comissão Política da CLOC-VC Diego Montón, de Mendoza, Argentina. A campanha global pela reforma agrária integral, contra a usurpação de terras e que permita o retorno da população hoje urbanizada a viver e produzir alimentos no campo, será a coluna vertebral da ação camponesa nesta etapa.
Nesse sentido, a defesa da semente e o enfrentamento à “refundação transgênica” na região a partir das novas biotecnologias que promovem as trasnacionais como a Monsanto e outras especialmente no Cone Sul foi um elemento central nas análises realizadas pelos delegados durante seu encontro de trabalho na cidade de Córdoba, no centro da Argentina.
“Fizemos uma avaliação da conjuntura que vemos muito difícil porque trata-se de uma crise prolongada que é econômica, mas também alimentar e energética. A proposta do capital para nossa região é aprofundar o modelo extrativista e de saqueio, acelerando os mecanismos que lhe permitam privatizar a natureza”, disse Montón.
O integrante do Movimento Nacional Camponês Indígena disse que durante a reunião foram dadas novas perspectivas metodológicas e organizativas para as campanhas, que enriquecerão a próxima I Assembleia Continental da CLOC-VC a ser realizada em Manágua, Nicarágua a partir de 17 de outubro.
“Falar de agrotóxicos é falar do coração do agronegócio que não poderia funcionar se não fosse à base destes produtos”, afirma Diego Montón. Sobre isso, destacou a incidência atingida pela campanha contra os agrotóxicos no Cone Sul, conseguindo engajar consumidores e setores da academia. “Na Argentina e no Brasil vem se avançando a passos rápidos, talvez até mais do que imaginamos”, enquanto o desafio é chegar com propostas similares às regiões como a Andina e a América Central.
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