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7 de Junho de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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Depois do massacre cometido contra uma caravana humanitária que pretendia chegar até o Município Autônomo de San Juan Copala, em Oaxaca, México, no mês de abril que acabara na morte de dois defensores de direitos humanos e outros vários feridos, nesta terça-feira 8 de junho haverá outra tentativa de quebrar o bloqueio repressivo.
Para isso está sendo organizada uma nova caravana que desta vez incluirá representantes de vários estados mexicanos e membros de organizações internacionais para levar mantimentos, carvão e outros produtos de primeira necessidade.
Sobre isto, conversamos com Beatriz Casas, do Centro Regional de Direitos Humanos Bartolomé Carrasco, organização de Oaxaca referente nesta nova tentativa de quebrar o bloqueio a que está submetida essa comunidade oaxaquense.
“Hoje em San Juan Copala não há luz, não há água e as atividades educativas tem se detido por causa do ambiente repressivo que se vive no município autônomo”, diz Beatriz. “Eles não contam com os mínimos alimentos para subsistir e então por causa disto é lançada uma convocatória para uma nova caravana, uma convocatória aberta ao público onde pedem a várias redes de direitos humanos para coordenar a caravana”.
Beatriz Casas destaca que esta nova caravana humanitária será coberta por veículos de comunicação locais e internacionais e informa que a própria União Européia tem exigido as garantias necessárias para ela.
A repressão realizada neste estado mexicano em 2006 serviu, diz Beatriz Casas como “um divisor de águas” em matéria de garantias individuais em que a justiça estatal tem permanecido por fora dos acontecimentos.
No entanto, os crimes contra a caravana de meados de abril entraram na justiça federal. “Até agora não sabemos se há um avanço em termos de encontrar os responsáveis”.
Autoridades do Estado de Oaxaca têm reconhecido que sua jurisdição termina onde começam as razões das armas dos grupos irregulares vinculados à mineração e o latifúndio.
“Creio que diz muito de um governo quando reconhece que não tem autoridade em certos territórios e onde deixa espaço para a justiça por mão própria”, explica Beatriz Casas.
Enquanto isso, na comunidade que atravessa um literal “estado de sitio” indica-se que “no dia martes 8 de junho do ano 2010 ficará registrado na história das comunidades indígenas de Oaxaca, lembrando que a solidariedade desinteressada é a máxima expressão de ternura e amor no ser humano”.
Num comunicado as organizações exigem garantías básicas para que a caravana humanitária chegue a destino com seu carregamento de mantimentos.
Foto: cms7.blogia.com
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