10 de noviembre de 2010 | Noticias | Justicia climática y energía
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No México, as comunidades de Temacapulín, Acasico e Palmarejo têm levantado sua voz novamente para deter os projetos hidrelétricos, nos marcos de uma jornada nacional e internacional pelo cancelamento das obras da barragem de El Zapotillo para esta quarta-feira.
“Têm começado a construir de forma ilegal a cortina de 105 metros de altura da barragem El Zapotillo para a armazenagem de água e transvase do Rio Verde, promovida pela Comissão Nacional da Água (CONAGUA), para favorecer os interesses particulares de empresas nas Cidades de León e Guadalajara, sem contar com as licenças de impacto ambiental, patrimônio cultural e uso de solo correspondentes e sem ter obtido o consentimento livre e informado dos atingidos”, indica um comunicado divulgado por Otros Mundos, Amigos da Terra México.
Nele indica-se que o que se pretende é inundar as comunidades, atingindo diretamente mil habitantes e 15.000 indiretamente, ao que o governo responde com “desprezo e imposição”. Indica-se que vários integrantes dos povos, jornalistas e defensores de direitos humanos têm sido ameaçados por se opor ao projeto.
“O governo mexicano e a CONAGUA, além disso de ameaçar os direitos humanos, o direito à moradia, à segurança e à legalidade jurídica, à alimentação, ao meio ambiente são, à saúde, ao trabalho e muitos outros, reconhecidos pela Constituição Mexicana e pelo Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU e outros instrumentos jurídicos nacionais e internacionais, como as recomendações emitidas pela Comissão Mundial de Barragens há mais de dez anos, decide continuar na ilegalidade total”, indica o comunicado, que acrescenta: “com esta obra, continuarão aumentando os gases de efeito estufa que provocam as barragens”.
Diante disso, se exige o cancelamento definitivo das obras de El Zapotillo, que seja suspendida imediatamente a construção da cortina, as obras de la relocalização dos povos e o fustigamento das comunidades, e que sejam investigados e castigados conforme à lei os funcionários públicos da CONAGUA e todo responsável estadual e federal pelo desacato, ilegalidade e corrupção que tem desencadeado a obra.
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