8 de marzo de 2010 | Noticias | Derechos humanos
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Organizações da Guatemala divulgaram há alguns dias uma segunda versão da Declaração de Iximché, que foi elaborado em 1980 para denunciar os massacres que sofriam nesses dias as comunidades indígenas e camponeses.
Foi a primeira reação da matança de 37 indígenas na embaixada espanhola na Guatemala no dia 31 de janeiro desse ano, por ordem do general Fernando Romeo Lucas García, que governou o país de 1978 a 1982.
Além de homenagear as vítimas, a segunda declaração de Iximché deixa claro que a situação de abusos e perseguição contra lutadores sociales continua sendo a mesma.
Falam de roubos de terras cometidos pelos “grandes ricos nacionais e estrangeiros”, da cumplicidade do Estado com as corporações estrangeiras e a criminalização do movimento social do governo de Alvaro Colom.
“A situação para nosso povo maia daqui para frente está bem clara: o Estado continuará dividindo a nossas comunidades para debilitar a resistência, continuará aproveitando o empobrecimento de nossos povos para manipulá-lo a seu favor. Ao invés de respeito, o que farão será debochar da dignidade de nossos povos”, diz uma parte do comunicado.
Referiam-se precisamente a casos como o nomeamento de um embaixador dos povos indígenas e a recente firma do Tratado de Livre Comércio com Chile em Tikal, centro histórico da cultura maia.
Em 2010 as comunidades originárias continuam sendo vítimas de arbitrariedades, por exemplo as que cometem empresas como Montana, Cementos Progreso, Maya Níquel, Proyecto Marlin, Compañía Guatemalteca de Níquel, ENEL, Minas de Guatemala S.A., Solel Boneh, Proyecto Minero Cerro Blanco, Entre Mares, Hidrelétricas: Tres Niñas, Xálala, Palo Viejo, Guatemala Cooper y . Compañía Minera El Cóndor, entre outras.
Foto:indigena.nodo50.org
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