4 de mayo de 2011 | Noticias | Alerta! Sandra desaparecida | Derechos humanos | Luchadores sociales en riesgo
Durante os três primeiros meses de 2011, 96 defensores de direitos humanos e 64 organizações sociais foram vítimas de agressões de algum tipo na Colômbia. A quantidade de casos de desaparições forçadas é amedrontador: por cima de 1130 nos últimos três anos.
As cifras foram publicadas em um informe audiovisual do meio de comunicação independente e alternativo Telebraille (ver embaixo), realizado a partir de uma manifestação em Bruselas, capital da Bélgica, em frente à Embaixada colombiana.
No dia 8 de abril, várias organizações sociais belgas concentraram-se lá para manifestar sua preocupação pelo caso da desaparição da ambientalista Sandra Viviana Cuéllar na Colômbia, e pela quantidade, cada vez maior, de desaparição forçada nesse país. As organizações solicitaram uma entrevista com o embaixador colombiano Carlos Trujillo.
A mobilização foi realizada em um contexto de atividades mundiais manifestando apoio à procura de Sandra, desaparecida no dia 17 de fevereiro, na periferia da cidade de Cali. Sandra tem 26 anos, é engenheira ambiental e professora, e nos últimos anos esteve defendendo várias causas ambientalistas e de direitos de comunidades indígenas.
O ativista Vincent Vallies, da Repartição Internacional dos Direitos Humanos Ação Colombiana (OIDHACO na sigla em espanhol) de Bruselas, denunciou no informe de Telebraille que, segundo o governo colombiano e as Nações Unidas, já são 27300 as desaparições forçadas na Colômbia nos últimos 20 anos.
O embaixador Trujillo reconheceu que chegaram centos de cartas a seu escritório em Bruselas de organizações e pessoas alertadas pela desaparição de Sandra. Seu caso “me tem impactado e espero que a procura continue e que podamos achá-la”, disse a deputada federal belga Thérèse Snoy, do partido político Ecolo Groen, a Telebraille.
Acrescentou que espera que o caso de Sandra evidencie a necessidade de frear a desaparição forçada no país sul-americano.
Há pouco tempo, a deputada participou de uma missão na Colômbia, organizada por CENSAT Água Viva – Amigos da Terra Colômbia, para verificar o desenvolvimento dos agro-combustíveis no país e as diversas violações aos direitos humanos que essa situação implica, em particular contra camponeses e indígenas. Snoy destacou os altos níveis de impunidade relativos aos casos de violações aos direitos humanos na Colômbia. “Existem leis que protegem os direitos das pessoas, porém não se aplicam”, assinalou.
Telebraille enfatiza a questão das persecuções, ataques e assassinatos de camponeses, indígenas, trabalhadores e defensores de direitos humanos e do meio ambiente, entre outros atores sociais, na Colômbia.
“O governo colombiano se comprometeu a respeitar os direitos humanos, mas até agora não vemos avances nem ações concretas”, lamentou Vallies. Pedimos ao governo que programe as medidas necessárias para o crime da desaparição forçosa acabar na Colômbia, para as famílias das vítimas poderem conhecer a verdade, encontrar seus seres queridos, e para haver justiça”, reclamou.
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