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15 de Fevereiro de 2011 | Notícias | Anti-neoliberalismo
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A crise ambiental e social, supostamente gerada pela onda de inverno recente na Colômbia, tem sido aproveitada pelo governo de Manuel Santos para tentar aprovar reformas legislativas e atos administrativos aproveitando a declaração de Estado de Emergência.
Esta espécie de oportunismo governamental reflete-se na intenção de transformar as Corporações Autônomas Regionais (CAR) –autoridades regionais em matéria ambiental- para colocá-las à disposição das ordens presidenciais.
Isto significa a centralização do controle e gestão ambiental das regiões no Ministério de Ambiente, o que é uma grave ameaça ao conceito de territorialidade e descentralização que estão em vigor na Constituição Política Colombiana.
Diante desta situação o Parlamentar do partido Polo Democrático Alternativo, Wilson Arias Castillo, convocou as organizações sociais de Valle del Cauca para debater esta arremetida governamental e suas consequências.
Arias Castillo considera a iniciativa como parte do afã do governo nacional de possuir todos os aparelhos do Estado a serviço das indústrias extrativas, o agronegócio, o “Biocomércio” e a mineração.
Em entrevista com Rádio Mundo Real, Arias Castillo explica o contexto de uma suposta cruzada anti-corrupção nas Corporações Autônomas Regionais: “que dependam mais –as decisões ambientais- das ordens das transnacionais que das sensibilidades da própria população disposta a se mobilizar como evidentemente tem acontecido, mas traída frequentemente pela Casa de Nariño”, sede do Executivo colombiano.
Entre outras denúncias sobre ações concretas governamentais para favorecer o agronegócio e as indústrias extrativas, Arias Castillo fala da eliminação da chamada Unidade Agrícola Familiar que impedia a apropriação de terras mediante compras de mais de mil hectares por parte das transnacionais.
Chama a atenção o Parlamentar da coalizão opositora de esquerda colombiana, o Polo Democrático Alternativo, sobre o que significa que as decisões ambientais nas regiões estejam no escritório do Ministério de Ambiente, fora da possibilidade de definição das comunidades e organizações sociais das localidades; mais a favor do que o governo de Uribe chamou “Confiança Investidora”, e que neste governo serão as “Locomotivas do Desenvolvimento”.
Além disso critica o Plano de Desenvolvimento proposto pelo Governo de Santos, já que é uma proposta similar a que faz o Banco Mundial para a América Latina.
Foto: kcectv.com
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