21 de abril de 2010 | Noticias | Conferencia de los Pueblos sobre el Cambio Climático | Justicia climática y energía
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Centenas de pessoas manifestaram seu desgosto na abertura da Conferência dos Povos sobre Mudança Climática, na cidade boliviana de Cochabamba, quando uma porta-voz leu uma carta do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon; teve que fazê-lo em meio a vaias.
Os movimentos sociais estão muito insatisfeitos com o processo anti-democrático da ONU nas negociações oficiais sobre mudança climática, especialmente depois da última Conferência das Partes da Convenção Marco das Nações Unidas de dezembro de 2009, em Copenhague, Dinamarca.
Todos os outros fizeram uso da palavra foram aplaudidos pelas milhares de pessoas presentes no estádio de Tiquipaya, localidade situada ao lado de Cochabamba e onde se realiza a conferência (na Universidad del Valle, UNIVALLE).
A encarregada de falar na cerimônia de abertura da Conferência sobre Mudança Climática representando o continente sul-americano foi Itelvina Masioli, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ela faz parte da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC) e a Via Campesina Internacional. Os movimentos saudaram a convocatória a esta conferência de “um presidente e povo com tão alta moral política para fazê-la”, em palavras de Masioli.
Para a camponesa, atualmente há duas grandes projetos em disputa. “Por um lado o projeto do capital, o império, que significa o saqueio, a morte, todas as falsas soluções, que rejeitamos completamente”. Por outro lado, há outro projeto em construção, “o projeto da vida, baseado em princípios e valores que defendem a Mãe Terra e em outro modelo de desenvolvimento econômico, social, político e cultural”.
Os camponeses do mundo somam-se as vozes que dizem que é preciso mudar o sistema, esse sistema capitalista de morte, e não a mudança climática, deixou claro Masioli.
A integrante da CLOC e da Via Campesina Internacional afirmou que as soluções às crises que vive o planeta, como a alimentar e climática, têm que estar baseadas na reforma agrária integral e na soberania alimentar. “Por isso entendemos que esta grande Conferência dos Povos deve ajudar a construir uma grande aliança entre governos, como o da Bolívia e dos países da ALBA, e os povos do mundo, para que juntos busquem enfrentar o projeto de morte”.
“Somente os povos do mundo podemos combater este projeto de morte a favor de um projeto de vida”, afirmou a camponesa.
Foto: RMR/RNP
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