24 de octubre de 2012 | Entrevistas | I Asamblea Continental CLOC - Vía Campesina | Acaparamiento de tierras | Género
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No painel com representantes de organizações aliadas da CLOC-VC realizado na sexta-feira 19 no Palácio da Cultura da capital nicaraguense, nos marcos da I Assembleia Continental dessa coordenadora, foram feitas leituras de conjuntura e de longo prazo pela Marcha Mundial das Mulheres, Amigos da Terra Internacional, Veterinários Sem Fronteiras e a Rede de Biodiversidade, entre outros.
Foi a vez da integrante da Marcha Mundial das Mujeres (MMM), a guatemalteca Rosa Guillén, que lembrou o longo caminho conjunto dessa articulação feminista junto à Via Campesina e outras múltiplas redes na luta contra a a criação da Área de Livre Comércio para as Américas (ALCA) no início deste século.
“Derrotamos a ALCA,mas não podemos derrotar ainda os tratados de livre comércio”, indicou a ativista feminista referindo-se aos Acordos de Associação propostos pela União Europeia a diversos bloco de países no continente.
Rosa Guillén indicou a importância que adquire o reconhecimento do direito das mulheres na agenda de luta das organizações do campo, meio onde elas têm sido historicamente excluídas e exploradas tanto nos trabalhos agrícolas como em seu próprio meio familiar em seus papéis de produção e reprodução da família.
“A pequena agricultura familiar é o espaço em que as mulheres estão mais presentes, daí a importância dessa aliança com as organizações do campo que embora pareça natural, tem sido uma construção de homens e mulheres do campo e da cidade”, disse a integrante da Marcha.
A I Assembleia resolveu ratificar e voltar a impulsionar a campanha contra a violência às mulheres no campo que há vários anos vem sendo desenvolvida. Dentro desse conceito, Rosa Guillén destacou a violência institucional, bem como a criminalização do protesto social.
Conforme Guillén, essa violência baseia-se em um prejuízo contra as mulheres, que são identificadas com um objeto de negociação e inclusive nas regiões em conflito com uma “conquista de guerra”.
Ouça as palavras de Rosa Guillén da Marcha Mundial das Mulheres abaixo.
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