7 de septiembre de 2010 | Noticias | Derechos humanos | Soberanía Alimentaria
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A meados deste mês, as autoridades de salubridade dos Estados Unidos se pronunciarão sobre a possibilidade de admitir que um peix geneticamente modificado seja destinado à alimentação humana nesse país.
Trata-se de uma variedade do salmão modificada para crescer duas vezes mais rápido do que a natural, e que foi criada pela empresa estadunidense AquaBounty Technologies.
A empresa argumenta que seu salmão, ao que chamaram de AquAdvantage, deve ser aprovado pela FDA (sigla em inglês para Administração de Alimentos e Fármacos) devido a que poderia ajudar a promover a indústria nacional e reduziria a pressão que a pesca industrial causa no meio ambiente.
No entanto, aqueles que apostam na soberania e a segurança alimentar argumentam que este salmão poderia significar uma grave ameaça para os salmões naturais caso for aprovado, porque existe o risco de que ocorram fugas destes peixes para o ecossistema onde habitam os salmões em estado selvagem, competindo pelos recursos com eles.
Além disso, os críticos de que seja criada esta espécie de salmão modificado indicam que não há suficiente informação sobre os efeitos que sua ingestão poderia causar em humanos, e advertem que esta especie terá os mesmos problemas que as cultivadas em tanques piscícolas, embora inclusive poderia ser mais suscetível às doenças e precisaria portanto de uma maior quantidade de antibióticos que os peixes de tanques.
Por isso, aqueles que se opõem a que o salmão geneticamente modificado seja aprovado, estão chamando a população estadunidense para se expressar contra ele na FDA, e exigir que caso for aprovado, os produtor etiquetem-nos devidamente, já que a empresa que o criou argumenta que não existem diferenças entre este e o natural, pelo que nega-se a diferenciá-lo.
No entanto, fontes da empresa disseram à agência Reuters que não têm sido feitos testes clínicos em humanos e animais para observar os efeitos da ingestão do salmão modificado, e que somente foram feitos testes de sabor.
“Eu comi o peixe, e tem um sabor ótimo”, disse à agência o executivo de AquaBounty Technologies Ronald Stotish, que argumenta que o peixe deve ser aprovado porque sua apariência é igual ao do natural. Se o salmão for aprovado, poderia abrir a porta para que outras espécies de animais destinadas ao consumo humano também sejam modificadas, como o caso dos porcos e o gado bovino.
Foto: Center for Food Safety
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