Umas 28 mil famílias vivem nesta zona na qual desemboca o rio Lempa- o mais importante do país-, um lugar muito vulnerável pelas inundações. Por outro lado, muitos habitantes de Bajo Lempa são desmobilizados da guerrilla salvadorenha e contam com uma vasta experiência em formação política, o que facilita a aparição de movimentos de resistência a este fenômeno climático.

A Rádio Mundo Real conversou com José Acosta de Cesta - Amigos da Tierra, um dos promotores deste segundo encontro do MOVIAC, no qual se encontram depositadas muitas expectativas.

Acosta acha que esta atividade pode resultar peça chave para futuras coordenações entre grupos centroamericanos que trabalham temáticas vinculadas aos impactos da mudança climática. Já confirmaram sua participação em Bajo Lempa coletivos que se opõem à instalação de represas hidrelétricas, que lutam contra a mineração e outros que trabalham pela soberania alimentária e a recuperação de matas, entre outras coisas.

“São todos temas que têm a ver com a mudança climática”, assegurou Acosta, que confia em que esta instância servirá para recuperar propostas de cara à 15ª conferência sobre Clima da ONU (COP 15), que se levará a cabo em dezembro deste ano em Copenhague, a capital da Dinamarca.

“Há que gerar decisões políticas a escala planetária para que as sociedades que geraram estes desiquilíbrios no clima aportem recursos para mitigar os impactos da mudança climática”, concluiu.