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24 de mayo de 2010 | Noticias | Derechos humanos | Industrias extractivas
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As mineradoras os expulsam de suas terras e os metais pesados que utilizam em sua extração envenenam seus peixes e seus rios. No Brasil existem várias etnias denominadas indígenas “não contactadas” que sofrem, porém, o avanço das indústrias extrativas e exigem em plena capital da potência emergente, que parece surda a seu pedido de auxílio.
Com o futurista desenho da Brasilia de Niemeyer de fundo e os apressados burocratas dos ministérios ocupando as ruas na hora do almoço, um acampamento com mais de seis etnias provenientes de vários estados levantam sua demanda de que devolvam-lhes seus territórios.
Crianças indígenas desfrutam da grama bem cortada da avenida principal brasiliense, enquanto o líder da comunidade fala o que considera que será a língua do futuro: “o portunhol”.
Usa muletas, por causa das feridas feitas por guardas de segurança do Ministério ao que queriam entrar para denunciar um desalojamento dois dias antes de realizada a entrevista.
Leva dez anos em Brasília, tentando entrar no Parlamento com a demanda de seus povos.
Há seis meses sua gente se instalou defronte ao Palácio do Itamaraty, com dezenas de barracas, sendo este um dos poucos espaços públicos realmente ocupado por atividade humana em toda a cidade futurista e vazia de pedestres.
“O mercúrio chega das mineradoras e se mete no peixe, na água, é como um câncer esse mercúrio.
Nós como povos indígenas não contactados não temos como nos comunicar e a quem pedir socorro” diz o líder que pedem um gesto de abertura do governo Lula.
Dentre as etnias de caçadores recoletores presentes no acampamento em frente à sede do executivo do Brasil estão os Guajajara, Krahô, os Atikum de Pernambuco, os Munduruku do estado de Amazonas, os Pankararu e os Kurubu.
É o horário de fechamento dos escritório. O ruído dos veículos engarrafados que tentam chegar aos bairros distanciados e cidades satélites onde se amontoam 25 vezes mais população que a prevista para esta meca arquitetônica, não consegue ocultar os cantos e danças destas comunidades, que encendem novamente suas fogatas ao cair a tarde; sabem que a luta ainda é longa.
RMR: Ciudad futura, grito ancestral from RMR on Vimeo.
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