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21 de Setembro de 2011 | |

Cenário para reverter

Uruguai: gerando massa crítica sobre a terra e recursos naturais

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O Secretário Geral de Comissão Nacional de Fomento Rural (CNFR), grupo que reúne produtores familiares do Uruguai afirma que a concentração e estrangeirização da terra nesse país do Cone Sul representa, além de um fato econômico, uma perda de soberania.

Em entrevista com Rádio Mundo Real, López reflete sobre o atual cenário do país, com monoculturas agroindustriais como os grãos (especialmente soja transgênica) e florestais e um número decrescente de rurais familiares.

O uruguaio destacou a importância de que se gere um debate sobre o uso e posse da terra, a água, os recursos genéticos e outros bens naturais “levando em conta que estas coisas não acontecem por acaso nem são um fato isolado”.

“A pressão que há sobre os recursos naturais exige analisar não somente o efeito que ela exerce sobre a produção familiar -disse López que é produtor frutícola do departamento de Canelones- mas também vê-lo à luz dos tratados de proteção de investimentos e outros elementos que compõem um cenário, que é necessário reverter”.

López foi o expositor em nome de sua organização nos marcos do Fórum sobre Concentração da Terra, monoculturas, cultivos transgênicos e acordos de investimentos organizado na quinta-feira 15 de setembro em Montevidéu por CNFR, Redes-Amigos da Terra Uruguai e a Rede de Grupos de Mulheres Rurais (Via Campesina).

Para Fernando, a intenção dos encontros de reflexão como o realizado pelas organizações rurais na semana passada deveriam gerar “uma massa crítica que nos permita incidir para obter legislações sobre estes temas”.

Dentre essas contas pendentes em matéria legislativa, a CNFR destaca a necessidade de limitar juridicamente a concentração da terra em poucas mãos seja de empresas ou de personas físicas.

“Estamos falando de recursos que são um bem público de todos os uruguaios como a água, a terra e os recursos genéticos”, insiste e destaca que a dinâmica do capital no campo torna necessário “atualizar permanentemente nossos diagnósticos”.

Uso e conservação do solo, aspectos tributários e de estímulo à produção local de alimentos, bem como mecanismos efetivos de controle das legislações já existentes seriam, segundo López, os ingredientes de uma mudança positiva no Uruguai.

Embora destacou que “a comunicação existe” entre as organizações de produtores e as autoridades do governo progressista de José Mujica, “também é necessário analisar quão efetiva é essa comunicação para consolidar propostas”. “Embora se esteja trabalhando, os tempos se dilatando e na hora de fechar a conta, muitas vezes se avança mais no estímulo a outros setores da economia que não são os da produção familiar”, concluiu López.

Foto: rel-uita.org

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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