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13 de Outubro de 2010 | Notícias | Indústrias extrativas
Ambientalistas reunidos na Coordenadora Nem Uma Só Mina (CNUSM) continuam uma greve de fome defronte à Casa Presidencial na Costa Rica. Isto, após cinco dias de jejum em protesto contra um decreto do governo anterior, conduzido por Óscar Arias, denominado “Decreto Executivo número 34.801 – MINAET”, que declara o projeto minerador Crucitas, de capitais canadenses, de Interesse Público e de Conveniência Nacional.
Os manifestantes pedem à atual presidenta, Laura Chichilla, revogar este decreto e assim evitar a mineração numa zona de grande fragilidade ambiental, segundo inúmeros estudos de ambientalistas e universidades do país.
Conforme Víctor Rojas, membro da CNUSM, a medida foi tomada pela indiferença da mandatária, que não tem se manifestado sobre o projeto minerador. Chinchilla aguarda a resolução do Juízado Contencioso Administrativo contra o governo costa-riquenho e a empresa mineradora, atualmente em processo. Prossegue seu silêncio apesar das duas marchas que percorreram 170 quilômetros cada uma, realizadas de julho a agosto deste ano. Ali, pedia-se a anulação deste decreto que permite a mineração a céu aberto num lugar em que estava proibida a mudança de uso de solo, pela existência de espécies em risco de extinção como a arara-verde-grande e el almendro amarelo.
Além dos lençóis freáticos pertencentes às comunidades próximas, bem como a possível contaminação do Rio San Juan com metais pesados e cianeto, o que poderia ter repercussões no Lago da Nicarágua.
Conforme Sara Obando, apesar de ser um ato pacífico, têm sido reprimidos pela Polícia de Proximidade e a Polícia Municipal ao confiscar várias vezes suas barracas. A ativista e moradora de Cutris de San Carlos afirma que serão continuarão no lugar até obter resposta da Casa Presidencial.
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