Este e resumo que fez Germán Bedoya, referente das organizações camponesas colombianas em entrevista com Rádio Mundo Real na cidade de Medellín, da dinâmica a qual estão enfrentadas as comunidades camponesas em seu país.

Na segunda-feira completaram-se quinze anos de luta e resistência do Coordenador Nacional Agrário, com uma convocatória nessa cidade.

O CNA propõe “a construção de um modelo de desenvolvimento para o país e para o campo que seja integral, articulando o desenvolvimento individual com o coletivo e popular. Bem como a relação entre os seres humanos, a sociedade e a natureza para que este seja um modelo de desenvolvimento humano integral, democrático, popular, sustentável, proporcional e duradouro, conforme as realidades daqueles que habitamos o campo colombiano”, informa-se em seu blog digital.

O CNA faz parte da Via Campesina Colômbia e assim da Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC-VC).

Bedoya afirma que atualmente a mercantilização dos bens naturais, desde os hidrocarbonetos até o oxigênio ou a água, coloca as organizações em uma encruzilhada.

Em entrevista com Rádio Mundo Real, Bedoya afirma que “sozinhos, os camponeses não poderemos enfrentar e superar àqueles que nos impõem esse projeto”, por isso procura-se permanentemente fazer alianças com outros setores do campo popular, trabalhadores e estudantes.

Como fatos a destacar nesse ponto, Bedoya falou da Minga de Resistência, o Congresso dos Povos e o recente Congresso Nacional de Terras, Territórios e Soberanias dos quais emergem “mandatos” para o trabalho cotidiano em nível das comunidades.

A comemoração do aniversário do CNA contou com um espaço para a mística e para lembrar os caídos, desalojados e desaparecidos, mulheres e homens nos últimos anos.

Sobre isso, Bedoya disse que a luta pela verdade e a justiça faz parte integral da resistência, bem como uma saída política e negociada ao conflito armado que atravessa a Colômbia há seis décadas.

Produção: Danilo Urrea – CENSAT Agua Viva Colombia