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18 de Junho de 2009 | |

Bispos do comércio

Espanha pretende retomar acordos comerciais com a América do Sul, ao assumir a presidência da União Européia en 2010

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A presidência da União Européia que no primeiro semestre do ano que vem corresponderá a Madri anuncia novos embates de negociações comerciais entre o bloco e os países sulamericanos, a julgar por recentes aparicimentos de funcionários diplomáticos espanhóis na América do Sul, um espaço geopolítico que a Península entende como próprio.

Mais uma vez, o elemento condicionante das pressões é a cooperação internacional, bem como num segundo plano nos discursos oficiais são ocupados pelas empresas espanholas já instaladas ou com intenção de se instalar no sul.

Dias atrás, Juan Pablo de Laiglesia, secretário de Estado para Iberoamérica no Ministério de Relações Exteriores e de Cooperação do Governo da Espanha, esteve viajando por vários países do MERCOSUL e indicou que este é um “momento oportuno para promover as políticas latino-americanas da União Européia”.

Conforme o funcionário, a crise financeira deveria ser o trampolim para o “salto” nas negociações do acordo de associação entre a União Européia e o MERCOSUL

Admitiu que as negociações condicionadas aos resultados da Rodada de Doha “têm, estado paralizadas por muito tempo”. Desta forma Bruxelas prepara-se para relançar sua estratégia plasmada no documento “Europa Global” inicialmente concentradas no Peru e Colômbia perante o repúdio de países como Bolívia, Venezuela e dentro do Mercosul Brasil.

Estas negociações onde a Europa reproduz “maquiado” o formato Tratado de Livre Comércio (TLC) que tem promovido Estados Unidos provocaram severas disputas nos marcos da Comunidade Andina de Nações (CAN), bem como na América Central.

No Paraguai, Laiglesia falou de aumentar a cooperação com esse país. O bloco integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai objetou a inclusão de parágrafos vinculados a compras públicas e propriedade intelectual nos acordos de Associação. Laiglesia disse que “o primeiro que temos que ver é se existe vontade política de dar um impulso a esta negociação e revisar nesse contexto o que é que podemos acrescentar, se mudanças de formato, ou mudanças nos conteúdos, ou aproveitar as experiências que tem havido na negociação da União Européia com outras regiões, particularmente com a Comunidade Andina”.

Os acordos de livre comércio que promove a União Européia em suas negociações com os países latino-americanos de 2007 são promocionados como instrumentos para fazer possível o crescimento econômico, a luta contra a pobreza, o cuidado do meio ambiente e as instituições democráticas.

No entanto, há quase dois años de iniciadas as negociações, as evidências estão indicando cada vez com mais nitidez que, por um lado, as principais beneficiárias destes acordos de livre comércio serão as grandes empresas transnacionais de origem europeu que operam nos setores da energia, os serviços públicos, as grandes empresas da agroindústria, químicas, farmacêuticas e da biotecnologia, bem como as cada vez mais poderosas empresas da indústria da celulose e do papel.

E por outro as grandes populações de camponeses, o meioambiente, a soberania alimentar e a biodiversidade aparecem como os grandes perdedores, exatamente o oposto ao que indicam os documentos oficiais de Bruxelas.

(CC) 2009 Radio Monde Réel

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