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27 de Julho de 2010 | Notícias | Anti-neoliberalismo
“Plano Colômbia”, “Plano Patriota”, sete bases militares estadunidenses em seu território e outros dados da realidade no país das três cordilheiras desmentem a parafernália oficial de festejos pelos dois séculos da Independência colombiana.
Enquanto o governo colombiano ratifica sua combinação de formas de luta, colocando presença cívico-militar em mais de mil municípios do país, promovendo com circo e baioneta a içar a bandeira nacional e cantar o hino pátrio; outros milhares de colombianos negam-se a fazer eco da parafernália uribista.
A marcha patriótica do bicentenário é uma iniciativa de um número de organizações sociais, sindicais, políticas e barriais que têm decidido apostar nas alternativas, e que no dia 20 de julho gritaram para a Colômbia e para o mundo que não há uma independência para celebrar; que pelo contrário deve-se celebrar a vigência da luta do povo colombiano por sua emancipação e verdadeira independência. Bilhões de pesos foram investidos nos mais de mil shows do bicentenário em todo o país, tudo planificado pela Presidência da República e executado pelo Ministério de Cultura, como uma espécie de despedida agradecida ao presidente sainte Álvaro Uribe.
Enquanto isso, milhares de pessoas em várias regiões da Colômbia planificaram com donativos e várias atividades, a Marcha Patriótica e os Cabildos Abertos a serem realizados na capital colombiana.
Neste dia 20 de julho mais de 20 mil pessoas marcharam em Bogotá para dizer que o povo colombiano continua em pé e que a luta pela autonomia, pela liberdade e pela democracia continua; organizações sociais, populares, crianças e anciãos reuniram-se no popular setor de Alfonso López da cidade de Cali, para celebrar com marchas, música, jogos, panelas comunitárias, galeria da memória, vídeos formativos e mensagens de liberação, o bicentenário da luta popular pela independência.
Rádio Mundo Real conversou com Diana Salazar, organizadora da Marcha Patriótica e a Concentração Político-Cultural realizada em Cali, nos marco de uma jornada nacional pela emancipação nacional, se diferenciando da celebração oficial e apostando na unidade continental dos povos: “unidos seremos fortes e merecemos respeito, divididos e isolados pereceremos, é uma frase de Simón Bolívar, e o ideal é a unidade e a integração latino-americana” afirmou Salazar.
Foto: Rádio Mundo Real
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