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3 de Novembro de 2010 | Notícias | V Congreso de la CLOC | Soberania alimentar
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A dirigente camponesa cubana analisa a importância das resoluções do V Congresso da CLOC-VC à luz do meio século de experiência socialista em seu país e fala dos desafios do campesinato cubano no século XXI.
Sua organização, a Associação Nacional de Agricultores Pequenos (ANAP) de Cuba reúne o campesinato desse povo socialista, e fez parte do V Congresso da Coordenadora Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC) Via Campesina em Quito nos primeiros dias de outubro.
Uma das definições do V Congresso, a de seguir o rumo para o “Bem Viver” e o socialismo, é analisada por Maiyobis Limonta como um sinal de busca de sistemas que superem a péssima experiência capitalista para os países da América Latina.
Sobre o papel do campesinato na construção do processo revolucionário cubano, Maiyobis indica que trata-se de uma contribuição “fundamental” e que nos marcos do debate mundial sobre a posse e uso da terra, bem como de quais alimentos produzir, como e para quem, os camponeses na ilha adquirem um claro protagonismo.
“Porque os que fizeram a Revolução Cubana foram os camponeses”, afirma Maiyobis e conta ainda que são “os que mais apoiamos e queremos que a Revolução se mantenha”, diz.
Sobre as demandas e preocupações do movimento camponês, Maiyobis indica: “o primeiro dever que temos é produzir os alimentos que o povo precisa. Isso tem uma importância tremenda porque a missão é reduzir as importações, produzir de forma tal que sejamos autosuficientes em matéria alimentar”.
Cuba não escapa à tendência de envelhecimento da população rural, no entanto, a introdução de novas necessidades de conhecimento e a possibilidade de um trabalho continuado, fornecendo um serviço à sociedade toda, tem feito com que mais de 20 mil jovens com aspirações à terra contem com essa possibilidade em Cuba, explica a integrante da ANAP. “Inclusive muitos jovens urbanos têm pedido terra e têm obtido”, indica.
O V Congresso da CLOC incluiu entre suas resoluções solidárias, a demanda pelo fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, dificultando seu comércio internacional em segmentos importantes, desde medicinas até turismo.
“Reiteramos nossa permanente solidariedade com a Revolução Cubana e o povo cubano que tem resistido meio século de bloqueio dos Estados Unidos e exigimos a liberação dos cinco revolucionários cubanos mantidos prisioneiros do Império”, indica a resolução.
Foto: Rádio Mundo Real
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