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29 de febrero de 2012 | |

Aviso de profissionais

Entrevista com Mario Godínez de CEIBA-AT Guatemala após o roubo de arquivos na sede dessa organização

Um ato intimidatório com objetivos exclusivamente políticos; assim foi definido o roubo de material informático no sábado 25 de fevereiro nas sedes da Associação Para a Promoção e o Desenvolvimento da Comunidade (CEIBA) e a Rede Nacional em Defesa da Soberania Alimentar (REDSAG) em Chimaltenango, Guatemala.

Na madrugada do sábado 25, desconhecidos entraram nas sedes destas organizações, roubando discos rígidos informáticos dos respectivos coordenadores e deixando outros materiais e dinheiro, e portanto não seria um roubo não convencional.

As organizações acompanham processos de luta contra a mineração e em defesa dos territórios ameaçados em várias regiões da Guatemala e, portanto, haviam recebido vários sinais de risco e insegurança, mas mesmo assim as autoridades negaram-lhes proteção policial especial.

“Chama muitíssimo a atenção que a concentração dos ’ladrões’ tenha sido estritamente sobre os computadores e que o registro detalhado tenha sido feito principalmente nos escritórios dos coordenadores. Ambos fatos nos fazem pensar em que trata-se de uma ação intimidatória e com fins exclusivamente políticos”, afirmam a REDSAG e CEIBA em um comunicado internacional.

Paralelamente

O integrante de CEIBA e professor universitário Mario Godínez disse à Rádio Mundo Real que no operativo contra a organização existem indícios da participação de muitos “profissionais” com o objetivo claro de intimidar e “dar um aviso” às organizações que há mais de uma década tem se transformado em centro de articulação das resistências comunitárias a projetos de desapossamento tanto de recursos naturais como avassalando os direitos humanos. Mario ilustrou o fato contando que apenas duas semanas antes, fora realizada uma consulta comunitária em um município de pequenos agricultores e pescadores (Champerico Retalhuleu), onde cerca de 17 mil pessoas se pronunciaram contra a mineração metálica.

Também denunciou a existência de “grupos paralelos ao poder” na Guatemala que têm adquirido protagonismo com chegada a presidência do General Otto Pérez Molina. “Muitos mafiosos, militares da guerra contrainsurgente voltaram ao poder do Estado agora, enquanto que ultimamente estavam liderando grupos de sequestros ou vinculados ao narcotráfico. Em governos anteriores não é que nos tenham deixado em paz, mas haviam nos atacado muito em pontos distantes da organização.

Hoje tocaram o coração estratégico da organização que é sua sede central. São grupos que nos têm observado muito de um tempo para cá, e todo foi feito de forma profissional, não há sinais de que tenha sido um roubo de ladrões comuns, que depois para dar aparência de delito comum quebraram algumas coisas, embora tenham levaram somente informação”, disse Mario.

O integrante de CEIBA indicou que a organização ficará imobilizada durante um tempo por causa deste fato. Para ele isto é “um aviso” cujo objetivo pode ser recompor os esquemas de inteligência do Estado em um clima de crescente impunidade para os grupos violentos vinculados às forças militares e aos interesses econômicos.

(CC) 2012 Radio Mundo Real

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