26 de octubre de 2009 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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Faz mais de um mês que nas proximidades da embaixada brasileira em Tegucigalpa, não há silêncio. Desde que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva decidiu acolher ali o presidente hondurenho deposto Manuel Zelaya, os militares golpistas emitem sons de animais, rock e sons de sinos de igreja através de potentes auto-falantes, enquanto iluminam o prédio com refletores durante toda a noite.
Conforme o jornal Estado de São Paulo, o Ministério de Exteriores do Brasil fez uma denúncia formal pelo fustigamiento feito pelo governo de facto hondurenho a sua embaixada. Conforme a denúncia, os militares estariam utilizando um canhão sônico, que transmite sons em altas frequências e pode causar lesões irreparáveis.
Por sua vez, a Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou que são “ações hostis” as do governo golpista de Roberto Micheletti. Num comunicado, a OEA disse que estas ações "atingem física e psicologicamente" os que estão na embaixada brasileira e "violam seus direitos humanos".
A OEA pediu ainda que as agressões terminem de imediato, e que o regime retire os militares da área da embaixada do Brasil.
Mas o governo de facto não tem feito mais do que endurecer sua posição, e ignorar as denúncias e críticas, continuando com seus frustrados esforços por ser apoiado pela comunidade internacional. Nesta semana o chanceler golpista, Carlos López, havia enviado uma carta à Organização das Nações Unidas para que se reconhecesse o regime ditatorial.
Enquanto isso, continuam estancadas as negociações entre golpistas e representantes do governo constitucional, devido a que os representantes do regime de facto negam-se a aceitar que Zelaya volte a ocupar a presidência.
Aqueles que exigem o reestabelecimento da democracia acreditam que o governo de Micheletti está tentando realizar táticas dilatórias para que as eleições presidenciais, previstas para o fim de novembro, sejam realizadas sob o governo de facto.
"Nunca soube nem nas guerras más hostis que uma parte do diálogo tenha todos os privilégios, todas as vantagens (...) e que a outra contraparte que escolheu o povo legítimamente esteja totalmente reprimida", disse Zelaya a uma rádio local referindo-se às negociações.
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