“Eu estou ao vivo de 9 a 11 h, aí estivemos falando do armamento depositado no batalhão de Naco, que supostamente se perdeu. Ao finalizar senti um palpite, as 11 h fui pra casa, costumo passar por uma passagem, mas decidi rodear, vi a oito ou dez pessoas e acelerei, abri o portão para entrar e fechei rápido, chegaram pela grade e quatro pularam e caíram dentro”, contou Aguilar, segundo informou a mídia digital hondurenha Revistazo.com.

O jornalista, quem agora goza de medidas cautelares recomendadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ao Estado hondurenho, relacionou o ataque com seus ditos ao vivo de um cabo filtrado pelo site de denúncia WikiLeaks, que vinculava as Forças Armadas de Honduras com a provisão de armas ao mercado negro do México e da Colômbia.

Segundo contou, os homens encapuzados buscavam assassiná-lo, mas suas tentativas se frustraram quando ele começou pedir ajuda a seus vizinhos e a chamar a policia.

Revistazo.com informa que Radio Uno, que se define como meio coorporativo, tem sido o alvo de vários acontecimentos violentos desde que se produz o Golpe de Estado em Honduras, em 2009. Entre esses se encontra a sabotagem e o bombardeio das suas instalações, assim como a persecução e intimidação do seu pessoal.

Destaca-se entre essas agressões a realizada no dia 15 de setembro de 2010, data na que a policia invadiu ilegalmente o local da rádio quando se estava realizando a transmissão de um ato cultural convocado pelo Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), reprimido pela policia.

Desde março desse ano, vários jornalistas tem sido alvo de ataques e intimidações por manter posições contrárias ao regime de Porfirio Lobo.

Imagem: http://seniales.blogspot.com/