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17 de Agosto de 2011 | Notícias | Bosques e biodiversidade | Soberania alimentar
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Na Noruega negaram a entrada de soja transgênica da multinacional Monsanto enquanto que na Hungria e em outros países foram destruídos cultivos de milho geneticamente modificado.
Embora no Cone Sul americano a tecnologia transgênica continue sendo propagandeada como uma “solução” ao efeito da crise climática sobre a agricultura, na Europa a realidade é muito diferente. A multinacional Monsanto, principal desenvolvedora e vendedora de sementes transgênicas e seus venenos associados, tem sofrido várias derrotas nas últimas semanas.
É o caso da Noruega, que no começo de agosto negou a aprovação para a entrada da soja Mon 87708. No país nórdico, os promovedores de transgênicos devem pedir a aprovação a GENOK, o único centro interdisciplinar no mundo de caráter independente que realiza pesquisa e avaliação de impacto integral dos OGM.
GENOK informou que os dados fornecidos pela Monsanto não apoiam seu pedido já que a lei local requer que demonstre que esse cultivo é útil e que é ambiental e socialmente sustentável.
A avaliação destaca que os dados não cumprem vários requisitos pedidos pela Lei Noruega de Transgênicos. “Sobre a base de nossa avaliação detalhada, encontramos que as deficiências de caráter empírico e dedutivo identificadas no dossier MON 87708 não cumprem com os requisitos de uso seguro, utilidade social e ajuda ao desenvolvimento sustentável”, disse a entidade avaliadora em seu veredito, conforme www.genok.com.
“O mais crítico", acrescenta, "é que o postulante [Monsanto] não tem incluído nada da informação requerida para avaliar a utilidade social e a sustentabilidade, conforme estipula o apêndice 4 da Lei noruega sobre transgênicos, o que seria necessário para considerar sua aprovação”.
Enquanto isso, em um esforço para liberar o país dos cultivos transgênicos, a Hungria tem dado um passo mais no passado julho, significando um novo fracasso para a transnacional de origem estadunidense. O novo regulamento aprovado no mês de março na Hungria estipula que devem ser analisadas as sementes antes de sua introdução no mercado para comprovar, ou não, a presença de sementes transgênicas, cujo uso está proibido no país europeu.
No entanto, alguns agricultores as cultivaram e nesses plantios foram encontradas sementes transgênicas das desenvolvidas por Monsanto e Pioneer.
Assim, quase 1000 hectares de cultivo de milho transgênico têm sido destruídas em toda Hungria por ordem do governo de Budapest, conforme o ministro de Desenvolvimento Rural, Lajos Bognar, citado em portais informativos. O milho transgênico tem sido arado, impedindo que o pólen do milho se disseminasse e portanto polinizasse a variedades não transgênicas.
Não se trata de um simples “erro”: a transnacional tem empregado essa tática em vários países para introduzir à força suas variedades dado que tem direito a exigir royalties sobre o uso de toda sementes de milho que, por cruzamento, mantenha o gene de resistência ao herbicida Round Up ou glifosato, que também desenvolvimento Monsanto.
Os controles continuarão apesar de que os vendedores de sementes estão forçados a garantir de que seus produtos estão livres de transgênicos, disse Bognar.
Foto: infoparamentesuniversales.blogspot.com
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