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4 de Outubro de 2010 | Entrevistas | 3º Encontro Internacional de Atingid@s pelas Barragens | Justiça climática e energia
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Em entrevista com Rádio Mundo Real no 3º Encontro de Atingid@s por Barragens que se realiza con mais de 300 delegados de todo o mundo no povoado de Temaca, Estado mexicano de Jalisco, a ativista Soniamara Maranho explicou qual é o contexto mundial que tem desatado um fervor econômico pela construção de barragens.
O Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) faz parte da Via Campesina e leva 20 anos de organização em 17 estados do Brasil. Os atingidos diretamente como desalojados por projetos de barragens nesse país superam o milhão e meio de pessoas. No entanto, o saldo de atingidos pelas 2.000 barragens em solo brasileiro é muito superior.
A pergunta fundamental é “energia para quê e para quem” diz Soniamara Maranho que trablha no Estado de Minas Gerais e faz parte da coordenação deste movimento. “É claro que não é para os brasileiros, que pagamos a quarta energia mais cara do mundo. É energía para as transnacionais, para a extração de matérias primas”, afirma.
Água e energia são assim transformadas em uma mercadoria mais, ignorando seu caráter essencial para o bem-estar dos povos. “Este tipo de energia que se propagandeia como a mais limpa, na verdade não é nada limpi porque exclui o ser humano”, fiz a integrante do MAB.
Explica por quê os Estados dos países sede destes projetos mostram-se frágeis e até subsidiando com empréstimos públicos, as obras para as multinacionais que tanto conflito interno geram.
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