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18 de Novembro de 2009 | |

A construção do poder comunitário

Germán Bedoya reflete sobre o fórum Soberania Alimentar dos Povos Agora!

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A conservação da semente, a reforma agrária, o cuidado dos territórios e a construção de alternativas de poder, fazem parte da luta pela soberania alimentar. Foi o que afirmou em entrevista com Rádio Mundo Real German Bedoya, membro da equipe Coordinadora Nacional Agrária da Colômbia, integrante da CLOC - Via Campesina.

Bedoya afirmou que este fórum: “É um encontro que tem permitido se encontrar”, começou dizendo Bedoya, e explicou que todos os membros da Via Campesina estavam participando neste importante fórum, mas que além disso tinham se integrado outras iniciativas, plataformas e alianças.

“A idéia é gerar incidência, começar também a propor a questão da soberania alimentar como direito à alimentação que há dos povos, e gerar um espaço de real importância de debate, e de ir gerando maiores incidências e maiores impactos na proposta da alimentação”, afirmou.

Bedoya refletiu sobre como tem mudado o discurso dos governos centrais e dos organismos supranacionais referente à soberania alimentar, mas disse que ainda faltava um grande trecho para que transformassem suas palavras em fatos.

“Tem mudado a questão da retórica. Na instalação do fórum dos povos esteve o diretor geral da FAO, e seu discurso foi muito na via da soberania alimentar, de resolver o problema da fome no mundo, de chamar os governos para que haja mais investimentos e mais vontade política nesse sentido. Mas sabemos que a retórica é uma e a prática é outra. Prova disso é que a maioria do grupo dos países mais ricos do mundo, o G8 não compareceram à cúpula da FAO. E embora vão fazendo uma declaração de erradicar a fome, de reduzi-la em 400 milhões de habitantes que deixem de sofrer a fome, não fazem investimento social, não aumentam seus investimentos para combater a fome, mas tampouco fazem incidência em mudar as políticas, as políticas dos agronegócios, as políticas das monoculturas, as políticas dos agrocombustíveis”, afirmou.

“Então, é uma luta muito forte que debe ser assumida por todos os povos originários, os camponeses e todos os setores sociais no mundo”, concluiu German.

Foto: http://peoplesforum2009.foodsovereignty.org

(CC) 2009 Radio Monde Réel

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