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20 de octubre de 2009 | | |

A biodiversidade soou

Organizações sociais e camponeses repudiam o XIII Congresso Florestal Mundial

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Durante a tarde de ontem, enquanto na sede da Sociedade Rural Argentina (SRA) na cidade de Buenos Aires inaugurava-se o XIII Congresso Florestal Mundial (CFM), movimentos de camponeses e organizações ambientalistas foram até essa sede para manifestar seu repúdio. A Rede em Defesa da Mata e da Floresta também esteve presente, acompanhada por rítmicos tambores, nas portas do evento.

Esta rede militante está composta por biólogos, ecologistas e guarda-parques preocupados pelos ecossistemas de mata e floresta. «Temos chegado aqui para fazer ouvir nossas vozes, as vozes do campo profundo», explicou Oscar Delgado, do Centro de Ação Popular Olga Márquez de Aredes (CAPOMA) de Jujuy, com um megafone perante o olhar atento das pessoas que entravam no CFM.

«As florestas, as matas nativas, continuam sendo um pão para o futuro; ao exterminar estes senhores com seus negócios planificados, exterminam a vida, e esses negócios os planificam, sem conhecer o território, planificam com observações satelitais, em escritórios com ar condicionado», disse Delgado.

O referente do CAPOMA destacou que as organizações camponesas e as comunidades nativas têm o direito de gestionar os territórios para garantir o futuro, enquanto que por trás do CFM se escondem aqueles que «querem gerar lucro às custas da fome e da miséria, assim como o têm demostrado estes treze anos de monoculturas transgênicos, da soja e do milho transgênico».

O CAPOMA trabalha no norte argentino, onde a província de Salta registra que uma de cada três crianças está desnutrida, disse Delgado. «Temos mais de 60% de pobreza, e boa parte da responsabilidade é do modelo agropecuário que tem acabado com as matas e gerado desastres ambientais».

«Nós, dos movimentos camponeses, estamos decididos a não ceder um passo a mais. Não vamos nos deixar convencer com suas palavras, de que trazem desenvolvimento, progresso. Vão ter que nos ouvir, queiram ou não», concluiu o ativista.

(CC) 2009 Radio Mundo Real

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