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20 de Março de 2009 | Entrevistas | Fórum da Água do Povo | Água
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Na cidade turca de Istambul houve dois espaços bem diferentes e antagônicos: o Fórum Mundial da Água protegido por barreira policial, e do lado de fora, as organizações sociais que participam das Jornadas Alternativas em Defesa da Água.
Sobre este espaço foi que o correspondente da Rádio Mundo Real, Danilo Urrea conversou com dois referentes internacionais da luta em defesa da água: Claudia Campero da Coalizão de Organizações Mexicanas pelo Direito à Água, e Oscar Olivera, da Coordenadora da Água da Bolívia.
Oscar Olivera considera que o espaço dominado pelas transnacionais e os governos aliados e cúmplices das políticas de privatização com sua brutal proteção policial revela o medo que possuem sobre o que fazem para “transformar a água em mercadoria”.
Por sua vez Claudia Campero contou que quinta-feira (19) foi um dia de celebração onde houve muita diversidade na participação: sindicalistas, pessoas de base, ativistas, pessoas de ONGs, ambientalistas e também alguns representantes de governos.
Em uma coletiva de imprensa foi anunciada a mensagem do presidente da Assembléia das Nações Unidas que expressava sua discordância com o Fórum Mundial da Água, considerando totalmente necessário admitir claramente o direito humano à água.
A ativista considerou que o avanço havido em três que correram desde o último encontro do movimento da água em México foi importante. Neste novo encontro as organizações e movimentos reconheceram as vitórias, os avanços em processos, a expulsão de transnacionais de diversos pontos do mundo, o reconhecimento ao direito humano à água em diversas constituições e leis, a possibilidade de se reunir em espaços como o Outubro Azul e ao mesmo tempo a articulação com outros movimentos, como o movimento pela alimentação o movimento pela justiça climática.
Oscar indicou os avanços que a Bolívia tem tido nos últimos anos sobre a questão da água: novas leis sobre irrigação, a lei onde a água é considerada un direito humano fundamental e un Ministro que fez parte ativa do movimento pela água na Bolívia. Mesmo assim o ativista considera que o que está faltando é que as declarações contem com uma “espécie de vigilância e de fiscalização para que se tornem realidade”.
Mais precisamente Oscar disse estar preocupado com alguns fatos como a questão da implentação do projeto de barragens no rio Madeira, à qual o governo de Morales não tem respondido de forma adequada, e a questão na Bolívia referente à concessão de grandes extensões de territórios ricos en minerais e em petróleo onde a água é um tema fundamental para a extração destes bens.
Por último Claudia indicou que os pasos a seguir representam um desafío muito grande, já que existe uma dificuldade logo de terem sido recuperados os sistemas de água, onde deve haver uma administração que envolva a sociedade, que mantenha um controle social que seja democrático. Sobre os objetivos de encontros como este Fórum da Água dos Povos afirmou que o que se procura é a forma de as organizçãoes e movimentos se articularem, se solidarizar e apoiar-se mutuamente em suas lutas locais
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